O indicador mais importante para o e-commerce é, provavelmente, a taxa de conversão – ou seja, quantos pedidos fecham em relação ao tráfego. No Brasil, a taxa de conversão média é cerca de 1,23%, metade do que acontece nos Estados Unidos. Claro que há variações de acordo com o site, categoria e nicho. A grande questão, para os empresários do e-commerce nacional, é que baixa taxa de conversão significa investimentos enormes em aquisição de tráfego. Que, por isso mesmo, se torna cada vez mais cara.
Garantido o tráfego, o próximo ponto é a taxa de conversão. E estes são dois pontos que precisarão de atenção constante.
- Estabilidade e rapidez do site
Seu cliente precisa confiar no seu e-commerce para comprar dentro dele, para isso tudo tem que funcionar perfeitamente. Cada detalhe necessita de atenção: imagens de qualidade e carregamento rápido, navegação perfeita, busca certeira. E, sim, há ferramentas para monitorar tudo isso. Você pode checar a navegação, busca, login e pedidos através de sistemas como o Pingdom.
Já para verificar a velocidade, nada como a ferramenta do Google, o Google PageSpeed Insights, que permite realizar testes e ajustes de forma simples e rápida. E, claro, é preciso cuidar muito bem das suas imagens, que devem estar otimizadas e perfeitas para garantir o carregamento em qualquer tipo de conexão. Veja, abaixo, o screenshot de um site avaliado.
- Mobile friendly
Sim, os smartphones já dominam a internet e respondem por cerca de 15% dos negócios no e-commerce, segundo o último relatório do WebShoppers. Sem contar que sua otimização garante bons resultados na busca do Google. Ou seja, além de ajudar nas conversões, você também ganha pontos no quesito SEO (Search Engine Optimization).
Veja nosso post sobre o assunto e tome as suas providências.
- Atendimento pró-ativo
Conseguir oferecer um bom atendimento, na página, através do chat, exige investimentos em seleção, treinamento e retenção de equipe. E esse investimento se paga, sem dúvida, sempre que o trabalho resulta em conversão. Segundo a Intuit, o chat pró-ativo pode aumentar até 20% as conversões. Bons momentos para entrar em contato com o cliente? Quando o visitante fica muito tempo na página de um produto específico, no carrinho ou no checkout. Demorar nestas etapas, significa dificuldade. Nada melhor que oferecer ajuda. “Está com dúvidas? Podemos ajudar?” pode ser a etapa necessária para a venda.
- Porque o visitante não comprou?
Você consegue fazer seu não cliente (ainda) contar a razão de não ter comprado em seu e-commerce? Nas páginas – que em geral têm formulários, logins, inscrição em newsletters – pode ser uma questão de carga não usar um questionário rápido para entender o porquê do cliente sair. Mas estes formulários, bem implantados, podem dar dicas sobre onde você está falhando: preço, entrega, custo de frete. Seja direto, seja aberto e escute o cliente. Exemplos de perguntas? Por que você não concluiu seu pedido conosco? Tem alguma sugestão para melhorarmos o nosso serviço?
- Recuperação de carrinhos abandonados
Você sabe quantos dos seus visitantes desistem das compras? A média no e-commerce brasileiro é de 70%. Ou seja, a cada 100 visitantes, apenas 30 realmente fazem o pedido em sua loja. Por isso recuperar carrinhos é tão importante. É possível fazer esta operação de forma manual, através de sua plataforma, ou automatizada – sim, já existem ferramentas prontas para isso.
- Aperfeiçoamento constante do e-commerce
Lembre de criar um processo que garanta o aperfeiçoamento constante de seu site. Imagens, velocidade de carregamento, processos de checkout e preenchimento de formulários são alguns dos pontos interessantes para manter sob vigilância. E, claro, é sempre importante monitorar o resultado das ações – a melhor dica é fazer cada ação em separado e medir os resultados para saber qual o impacto.
E nunca é demais lembrar: confira novas práticas implantadas pelas referências – Amazon, sempre; seus concorrentes diretos, em nome da competitividade. Agora, por exemplo, é hora de checar as aplicações de inteligência artificial e como usá-las em seu negócio.
Foto: Unsplash, por Olu Eletu