Considerado o mais importante evento do varejo mundial, a NRF Retail’s Big Show reúne todos os anos os principais expoentes do setor para o debate de tendências para a área.
Em 2023, quando a feira chegou em sua 113ª. edição, o foco não poderia ser outro: a retomada do varejo num cenário pós-pandemia e o que precisa ser feito para que o setor continue avançando.
Impossível sintetizar todos os aspectos que foram discutidos pelos mais de 350 speakers da feira, mas selecionamos para este artigo alguns temas recorrentes e que são importantes para quem atua com e-commerce.
GenZ
Pela importância conquistada pela genZ no mercado de consumo, o comportamento deste grupo esteve em destaque nos debates.
A dificuldade, como têm alertado os especialistas, é saber lidar com as contradições desses jovens. Afinal, para eles, todas as questões são muito mais fluídas – gênero, relações com o trabalho e, claro, comportamento de compra.
Aa AdWeek mostrou em pesquisa um dado interessante: 50% dos jovens da Geração Z declararam que pensam em fazer suas próprias roupas, enquanto mais de 25% declararam ser mais criteriosos no consumo de moda.
Uma das justificativas é que procuram conciliar a auto expressão com a resistência ao descarte e ao altamente perecível. Mais consciência, certo? Estão descobrindo o mundo físico, explorando.
Logística
Reduzidos durante o período da pandemia, os prazos de entrega cada vez menores continuam na pauta.
Um dos dados apresentados: 40% das empresas esperam fazer entregas em até 2 horas até 2028.
Hiper customização
Um dos conceitos empregados para demarcar a importância da personalização das experiências foi o da hiper customização.
O que se espera é que as demandas por experiências personalizadas pressionem ainda mais as empresas.
Cultura de Dados
E isso nos leva diretamente a outro assunto bastante debatido no evento: cultura de dados!
Se, num primeiro momento, cobrou-se muito a questão da quantidade, hoje o foco deve estar na qualidade.
Ou seja, as operações têm que investir mais não apenas no processamento das informações captadas, mas, principalmente, nos insights que podem obter a partir das análises.
As informações de qualidade serão cada vez mais fundamentais para que as marcas consigam maximizar as entregas feitas para o cliente.
Conveniência
O que está em jogo é a comodidade e a conveniência, mas elevada a outros patamares, principalmente se considerarmos o importante papel da genZ.
Essa geração apresenta, como citamos, comportamentos bem contraditórios e representa bem um dos principais desafios para o varejo: lidar com ambientes mais diversos e adversos.
Em várias das apresentações, a tônica do debate foi alertar para a necessidade de inovação.
Mais do que nunca, está claro que sobreviverão as empresas que conseguirem se organizar para lidar com cenários mais complexos.
Essa reflexão diz respeito às dificuldades que serão enfrentadas no ambiente corporativo nos campos político, econômico, social e ambiental.
A relevância conquistada pelo ESG tem relação com essa história, uma vez que as cobranças tendem a aumentar.
Omnicanalidade
No dia a dia das operações, como era esperado, o comportamento omnichannel do consumidor deve ser tratado como prioritário.
E não estamos falando apenas da necessidade de integração dos canais, mas da possibilidade de tornar os processos mais fluidos.
Um dos mantras do e-commerce nos últimos anos tem sido a necessidade de evitar qualquer tipo de atrito. Contudo, a palavra de ordem agora é como usar a omnicanalidade para gerar mais conveniência para o público.
Ecossistema ampliado
Isso envolve questões que já têm sido trabalhadas por muitas lojas (como atuar com um ecossistema que atenda todas as demandas num único local), mas envolve outros aspectos, como entretenimento, oferta de crédito e investimento em serviço.
A proposta, no caso deste último ponto, é que as empresas possam usar melhor os dados para aumentar as interações e transações com aquele consumidor, fazendo ofertas mais completas, a partir de uma rede de parceiros.
Como exemplo, podemos pensar nos ecossistemas da Amazon ou do Alibaba.
Ainda olhando para a omnicanalidade, outra questão importante: redobrar a atenção com tecnologias como RFID, responsável por viabilizar a digitalização da loja física.
Na prática, o que se pensa aqui é na integração das operações levada para outros patamares a partir do emprego das mesmas métricas utilizadas no e-commerce. Por que isso? Pela necessidade de unificar as operações!
Como enfatizado nos diversos conteúdos produzidos sobre o evento, os debates da NRF 2023 confirmaram a importância de tendências que têm sido discutidas no mercado há um bom tempo.
O que ocorreu nos últimos anos foi uma aceleração dos processos. Ou seja, não estamos nos referindo mais a tendências e sim pendências. É o caso da adoção do conceito omnichannel. O ambiente do varejo do futuro é figital.
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