Segundo um estudo da Cisco, a disrupção digital vai matar nada menos que 40% das empresas tradicionais. As organizações serão vítimas de seus modelos, que impedem transformações rápidas para acompanhar o mercado. Apple, Uber, AirBNB, Whatsapp, são apenas alguns exemplos da disrupção que vivemos hoje. Os executivos esquecem rápido: ninguém lembra o que a criação do iPhone fez com a indústria de telefones.
Por isso mesmo a Cisco criou um centro de estudo para acompanhar as transformações no negócio digital, o DBT Center (Digital Business Transformation Center), que fica em Lausanne, na Suíça e faz pesquisas sobre o assunto. No estudo em questão, Vórtex digital: como a disrupção digital redefine os setores foram entrevistados 941 executivos de 12 tipos de negócios diferentes.
Os resultados deixam claro como as inovações são vistas pelos executivos. No blog, a empresa explica:
Enquanto a disrupção acontece, 4 de cada 10 executivos em cada categoria de negócio deixará de existir nos próximos cinco anos. A ameaça não atinge apenas as grandes empresas mas setores inteiros.
Os executivos esperam e observam, a disrupção digital não é levada em consideração pelos conselhos e diretorias de 45% das empresas (em média, em todos os setores pesquisados). Além disso, 43% das empresas não percebem o impacto ou risco das inovações e não estudou o assunto profundamente. Um terço delas, observam e esperam. Apenas 25% das empresas se consideram proativas.
No Vórtex Digital não existe segurança ou paraíso. Os setores que serão mais impactados pela disrupção digital entre hoje e 2020 serão os produtos tecnológicos e serviços. Enquanto isso o setor farmacêutico deve ser menos afetado. Entretanto, em todos os setores, haverá aumento da competitividade, pois as inovações tendem a ser exponenciais.
Inove ou seja superado. Através da sua posição no ranking do Vórtex Digital, as empresas podem avaliar qual será a velocidade que seu setor será afetado pela disrupção. Elas podem escolher produzir a disrupção ou a alternativa de perderem mercado – e seus negócios – quando a mudança chegar.
Essa ruptura está sendo impulsionada pela consolidação das startups, concorrentes digitais proativos e, cada vez mais, a fusão de indústrias com a digitalização liberta as empresas a expandir o seu valor em novos mercados.
A transformação mudará modelos de negócios e vai alterar cadeias de valores e diminuir barreiras entre indústrias. Os disruptores mais bem-sucedidos empregam o que o estudo chama de “perturbação disruptiva”, na qual várias fontes de valor – custo, experiência e plataforma – se fundem para criar novos modelos de negócios e ganhos exponenciais.
O ranking do vórtex – posições no começo sofrerão mais inovação ou serão mais impactadas:
- Tecnologia;
- Mídia e entretenimento;
- Varejo;
- Serviços financeiros;
- Telecomunicações;
- Educação;
- Turismo
- CPG e Indústrias
- Saúde
- Utilitários
- Óleo e Gás.
- Farmacêutico.
O varejo –e o e-commerce – no foco
Em 2015 todos percebemos a mudança que veio com a mobilidade, o aumento dos acessos por celulares/tablets, o comportamento em transformação dos nossos clientes – que querem mais qualidade, eficiência, atenção e boas experiências.
Sim, as trocas serão muito afetadas pela inovação – e cabe a cada um dentro da cadeira do e-commerce (e do varejo) produzir inovação da melhor forma possível dentro das suas organizações. Os empresários podem –e devem, segundo o estudo da Cisco – criar mudanças drásticas para se manter vivos.
Teremos anos interessantes pela frente. Quem dará o primeiro passo no mercado brasileiro?
Foto: Jacob Whittaker via Compfight cc