Quem trabalha com vendas, independentemente da área, está sempre em busca de mais faturamento.
Para isso, várias estratégias podem ser empregadas, focando nos esforços das equipes de vendas e de marketing. Aliás, cada vez mais, o ideal é que essas áreas atuem de forma muito integrada.
A proposta, principalmente considerando todo o potencial do digital, é que o marketing seja o responsável por preparar todo o terreno, facilitando a venda e, claro, otimizando esforços.
Empresas bem-sucedidas têm trilhado esse caminho nos últimos anos, explorando melhor as diversas soluções tecnológicas disponíveis para realizar esse trabalho.
Contudo, no dia a dia, ainda vemos muitas operações deixando de investir numa das frentes mais rentáveis para qualquer empresa: a base de clientes.
Ainda que se reconheça a importância das estratégias focadas em retenção, os gestores direcionam boa parte das ações para atrair novos clientes.
É óbvio que essas iniciativas são relevantes, mas, principalmente, no caso do e-commerce, é fundamental aprimorar as ações que incentivem a recompra.
Crescimento exponencial no e-commerce
O crescimento exponencial das lojas virtuais depende muito disso. E as operações têm condições de atuar mais fortemente nessa frente porque dispõem de muitos recursos e ferramentas para isso.
Para começar, nunca tivemos tantos dados à disposição. No digital, os monitoramentos podem ser feitos praticamente em tempo real e temos como saber com precisão quais abordagens são mais assertivas.
Outro fator importante: os eventuais ajustes podem ser realizados com muita agilidade, tanto envolvendo as ofertas propriamente ditas como a maneira como são comunicadas.
Ocorre que, no dia a dia, nem sempre as informações disponíveis nos relatórios das plataformas de e-commerce, por exemplo, são devidamente empregadas no desenvolvimento das estratégias.
Focando no objetivo do crescimento exponencial, alguns fatores são essenciais:
1. Entendimento das demandas dos clientes
Parece algo óbvio, mas nem todas as empresas realmente compreendem as demandas do seu público.
E não estamos falando apenas em identificar suas “dores”, e sim em entender como oferecer experiências de compra adequadas durante toda a jornada.
E a vantagem, quando se pensa na retenção, é a possibilidade de mapear os interesses específicos daquele cliente e, a partir daí, atuar sobre eles.
Os históricos de compra são essenciais para esse tipo de análise e podem ser incrementados com outras informações relacionadas às preferências daquela pessoa.
O benefício das soluções tecnológicas é que hoje temos como fazer esse atendimento personalizado, ainda que ele ocorra em grande escala.
2. Experiências customizadas
Com o avanço da tecnologia, as lojas têm como analisar com muito mais cuidado o que cada pessoa precisa para estabelecer uma conexão com a marca.
O conceito por trás é aquele que permeia as histórias das empresas de sucesso: reconhecer o cliente e fazer abordagens que correspondam às suas necessidades.
A personalização das experiências tem um peso enorme nessa história e deve envolver os vários aspectos presentes numa compra.
Muitas vezes, pequenos detalhes fazem muita diferença na decisão do cliente. Por exemplo, se aquela pessoa já estabeleceu contato com a marca via WhatsApp, por que não concentrar as abordagens neste canal?
Dependendo do perfil do público, as campanhas de e-mail marketing são importantes, contudo, é preciso atender à demanda de cada pessoa. Se ela já deu o aval para a comunicação via app de mensagem o ideal é ter essa informação devidamente registrada e fazer o direcionamento.
3. Estabelecer conexões
Dificilmente o e-commerce conseguirá crescimento exponencial se não investir, como citamos acima, no potencial da sua base de clientes. Isso porque lidamos com um CAC – Custo de Aquisição de Clientes muito alto.
Os programas de fidelidade são aliados importantes dessa estratégia, mas hoje é possível diversificar mais as iniciativas.
As vendas recorrentes, por exemplo, podem ser configuradas com muita facilidade nas plataformas de vendas online e podem ser empregadas em diversas áreas de negócio.
E, além dos modelos que serão adotados para as vendas em si, é preciso pensar nas ações que visam aproximar a marca do público e, claro, criar relacionamento.
Devemos pensar no seguinte: clientes vão e vêm, amigos permanecem. Ou seja, é fundamental ter estratégias que nos ajudem a estabelecer outro tipo de relação com o consumidor.
O marketing de conteúdo tem funcionado muito bem para qualificar melhor os leads e direcionar as estratégias, contudo, as iniciativas nessa área focadas em retenção ainda são bem restritas.
No entanto, é possível usar os conteúdos de marca para auxiliar os clientes em suas demandas e, assim, incentivar a recompra.
As réguas de relacionamento podem ser empregadas com muito sucesso no pós-vendas, criando oportunidades de interação com o público.
E, neste caso, é importante lembrar que essas iniciativas serão relevantes para a captação de novas informações, o que vai enriquecer os bancos de dados e criar um ciclo de relacionamento muito mais produtivo ao longo do tempo.
Como acelerar o crescimento do negócio online
Uma das formas de acelerar o crescimento é por meio da metodologia de growth hacking.
Neste caso, a proposta é olhar com mais atenção para a estruturação adequada dos dados e na realização de testes. E, por meio dos aprendizados adquiridos, buscar resultados cada vez melhores para o negócio.
Para isso, contudo, é necessário orientar-se por essas análises mais cuidadosas sobre o que acontece com cada grupo de clientes, lembrando que o principal é detectar oportunidades de crescimento rápido e com custos menores.
Um dos desafios para o crescimento exponencial é justamente apostar mais nessa capacidade de experimentação das marcas.
Ela não ocorre de modo aleatório, porque é baseada em dados, mas é preciso sair da zona de conforto, se propondo a alterar fluxos de trabalhos e até modelos de negócio se isso atender à demanda do cliente.
Quando olhamos para a aplicação desses processos, um dos fatores principais é justamente priorizar a retenção.
A proposta deve ser não apenas atender o público, mas trabalhar para que ele alcance um alto nível de satisfação, a ponto de tornar-se um promotor da marca.
No desenvolvimento dessas estratégias, uma das prioridades é conseguir dimensionar quanto o cliente deixa no valor global obtido pela empresa. Com esse tipo de classificação, fica bem mais fácil direcionar as estratégias.
O cliente pode não gerar uma margem alta em determinada ação, contudo, numa análise mais detalhada, vamos identificar que aquela iniciativa incentiva a recompra. Ou seja, no longo prazo, os ganhos obtidos serão bem maiores.
Como vimos neste artigo, o crescimento exponencial envolve ajustes na estratégia dos negócios. Afinal, o objetivo é ter um crescimento “fora da curva”, multiplicando seus resultados num determinado período, diferentemente do padrão linear geralmente adotado no mercado.
O mais importante é entender o trabalho que pode ser feito, por exemplo, na retenção. Se isso for bem-feito, estamos falando de um e-commerce que tem mais condições de continuar evoluindo, até pela riqueza encontrada na sua base de dados, que vai permitir que a empresa seja cada vez mais assertiva em suas estratégias e oriente-se pelas prioridades do seu público.
Gostou do artigo? Entendeu o conceito de crescimento exponencial? Veja também este artigo sobre Como usar mapas de calor para otimizar os resultados.
Artigo originalmente publicado em E-commerce Brasil.