O 32º Webshoppers, lançado pela E-Bit/Buscapé este mês, mostra como foi o desempenho do e-commerce no primeiro semestre de 2015. Diante do cenário econômico pontuado de incertezas nem mesmo as ferramentas de atualização de preços – que em geral fazem os preços online serem mais competitivos para o consumidor – deram conta e a série histórica FIPE/Buscapé registrou altas de preços que refletem a inflação geral do país.
Por conta disso – e a compra de produtos com melhor custo-benefício – o relatório registou aumento do tíquete médio do e-commerce. Foram 13% com média de R$ 377 durante o primeiro semestre de 2015.
Houve aumento nominal de 16% no período, com faturamento de R$ 18,6 bilhões. As categorias que apresentaram maior crescimento em volume financeiro foram Eletromésticos e Telefonia/Celulares (41% e 53%). Eletrônicos e moda/acessórios tiveram queda no faturamento. Mesmo assim, Moda continua a liderar as vendas no e-commerce no volume de transações.
Além do sobe e desce das categorias outros pontos de destaque: menos frete grátis; mobile teve share de 10,1% das vendas, pedidos no mesmo nível do ano passado, com aumento de 2,5%; aumento nos pagamentos à vista ou em no máximo três parcelas e NPS com melhor índice histórico, 65% de satisfação.
Desempenho melhora entre consumidores ativos
No primeiro semestre, 17,6 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra online, recuo de 7% em relação ao mesmo período em 2014. Segundo o e-bit, a mudança foi puxada pelos usuários light, que compram a cada seis meses e foram muito impactados pela insegurança econômica (28% diz que não comprou por conta da crise/contenção de despesas/falta de dinheiro). Na outra ponta, os usuários pesados do comércio eletrônico destacam a internet como o principal canal para realizar compras.
Expectativa de desempenho do segundo semestre
A expectativa para o segundo semestre de 2015 foi revisada para 15% sobre 2014, com faturamento de R$ 41,2 bilhões. A expectativa para pedidos é de aumento de 5%. Espera-se, também, o aumento do tíquete médio de 10%, com maior impacto no crescimento do que o volume de pedidos.