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Clientes, Experiência e Atendimento

E-commerce: o que ainda falta para atrair os consumidores?

By 09/02/2024fevereiro 28th, 2024No Comments

O comércio eletrônico tem conseguido bons resultados de crescimento no Brasil, mas ainda existe um enorme potencial a ser explorado pelas lojas. 

Você sabe o que falta para o e-commerce vender mais? Reunimos neste artigo alguns dados que podem ajudar a entender a dinâmica do setor. 

Para ajudá-lo, listamos também boas práticas para quem precisa aumentar as vendas. Acompanhe! 

Por que investir no varejo online? 

A análise dos números do comércio eletrônico no Brasil não deixa dúvidas sobre o bom momento vivido pelo e-commerce no país. Vejamos alguns dados levantados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm): 

– entre 2019 e 2023 as compras online registraram um aumento de 100%. 

– o setor de e-commerce já ultrapassou a marca de 10% das vendas totais do varejo e, para alguns segmentos, esse percentual é chega a superar os 50%. 

– saímos de 60 milhões de consumidores online em 2015, para mais de 80 milhões em 2023. 

– a movimentação do e-commerce chegou a R$ 185,7 bilhões em 2023. O total de pedidos também segue em alta: 395 milhões de compras foram registradas.  

– e a previsão é que os próximos cinco anos também sejam de crescimento, atingindo um faturamento de R$ 273 bilhões e um total de 498 milhões de pedidos em 2027. 

Quem é o público-alvo do comércio eletrônico? 

A TIC Domicílios 2023, do Cetic.br, que traz dados oficiais sobre o acesso à internet no país, incluindo a relação da população com o varejo online, mostra que o cenário é positivo para o setor. 

Temos hoje um total de 156 milhões de usuários de internet no país, o que representa 84% da população com 10 anos ou mais! 

Esse dado de 2023 representou um aumento de três pontos percentuais frente a 2022 (81%).  

A pesquisa mostrou ainda que metade (50%) dos usuários de internet no Brasil realizou compras no ambiente digital nos últimos doze meses anteriores ao levantamento, o que equivale a 78 milhões de pessoas.  

Embora tenha variado dentro da margem de erro na comparação com 2022, esse indicador vem se mantendo num patamar superior ao observado antes da pandemia Covid-19, mostrando que o consumo online de produtos ou serviços passou a fazer parte dos hábitos de um contingente maior de brasileiros.  

O que aproxima o consumidor do e-commerce? 

Entender melhor o comportamento dos consumidores é decisivo para ter sucesso na área de vendas, seja nas lojas físicas ou no ambiente digital. 

Segundo os dados apurados no Panorama da Experiência do Consumidor, da Opinion Box: 

– 77% dos entrevistados acreditam que a maioria das empresas precisam melhorar a experiência que oferecem para os seus clientes.  

– a experiência é tão importante que 82% dos entrevistados gastam mais em empresas que oferecem uma boa experiência; 

– 76% já deixaram de fazer uma compra por causa de uma experiência negativa. 

– 65% das pessoas entrevistadas já desistiram de comprar de uma empresa após uma experiência ruim. 

– além disso, 52% afirmaram que, se algum amigo ou conhecido tem uma experiência negativa com uma marca, eles deixam de consumi-la. 

O que afasta o consumidor do e-commerce? 

As vendas online cresceram nos últimos anos, mas elas ainda encontram objeções. Neste caso, são indicados como fatores preponderantes:

1. Preferência pelas compras presenciais

Essa informação confirma a relevância das operações de e-commerce omnichannel. Ou seja, para quem tem uma loja física, o objetivo é que a loja virtual seja vista como uma opção para fortalecer a marca. 

Além disso, o e-commerce tem um papel importante, permitindo aumentar os chamados “momentos de compra”. 

Ou seja, mesmo que o cliente tenha preferência pela loja física, temos como atuar de forma a aproximá-lo da marca e, assim, gerar mais oportunidades de vendas. 

Para que o gerenciamento do negócio seja feito da melhor forma possível, contudo, é primordial ter uma plataforma desenvolvida com base no conceito de omnicanalidade. Assim, todas as informações sobre os clientes e as vendas serão registradas num sistema único.

2. Falta de confiança

Para driblar a falta de confiança do consumidor, a alternativa é investir numa plataforma que conte com os recursos adequados para a correta exibição das mercadorias. 

Boas imagens, descrições de produto bem-feitas e facilidade na hora da navegação são fatores que podem ajudar bastante a tornar a decisão do cliente mais certeira, evitando problemas futuros.

3. Dúvidas com privacidade e segurança

Sanar as dúvidas em relação à privacidade e a segurança do site é outro desafio das lojas.  

O principal, no caso, é conquistar a confiança do consumidor, disponibilizando recursos que o ajudem a navegar pela página com mais facilidade. 

Ter uma plataforma de API aberta, que permita integrações com as soluções de terceiros, é uma aliada importante para superar as barreiras em termos de segurança. 

É fundamental, também, ter transparência. Quanto mais claras e objetivas forem as informações passadas aos clientes, melhor. 

O cliente que compra pela internet precisa entender como os dados dele estão sendo tratados internamente, qual o uso que será feito das suas informações.

4. Falta de interesse

Despertar o interesse do público depende, basicamente, da oferta de bons produtos e da realização de ações de divulgação que ajudem o cliente entender os diferenciais apresentados por cada marca.

5. Dificuldade com trocas e devoluções

Apesar de o consumidor indicar que não compra pela internet porque tem dificuldades com trocas e devoluções, as lojas virtuais têm boas soluções para essa área. 

O consumidor que está habituado às compras online sabe que o ambiente digital tem regras bem definidas nesse caso. A própria legislação brasileira estabelece que na web o cliente tem até 7 dias para solicitar trocas e devoluções. 

Esse problema, então, tem mais a ver com a falta de informação, daí a necessidade de as lojas investirem na divulgação dos seus diferenciais.

6. Problemas na entrega

A recomendação para driblar as objeções relacionadas à entrega do produto é investir na área de logística. 

Uma boa gestão de estoque ajuda a evitar o desencontro de informações, atrasos, extravios etc. 

Uma estratégia que tem funcionado bem para quem tem loja física é a adoção de sistemas híbridos: o cliente compra na internet e retira na loja física, por exemplo. 

Quais são as melhores práticas para e-commerce? 

Quando se analisam as tendências do comércio eletrônico, uma questão está muito clara: o setor tem todas as condições para crescer muito nos próximos anos. E isso não é uma realidade apenas no Brasil, mas em todo o mundo. 

Tanto é verdade que os números das vendas via internet do varejo crescem em índices superiores ao do varejo físico em todo o mundo. 

Porém, o foco não é substituir uma operação por outra, e sim trabalhar em prol da integração dos canais de venda. 

No dia a dia, é fundamental investir na experiência do usuário. Isso significa que, além da oferta de produtos de qualidade, o cliente que chega à loja precisa ser bem atendido em todas as etapas do processo de compra. 

Isso tem a ver com os serviços prestados, mas também com a navegabilidade do usuário na loja virtual. 

Dentre os pontos que compõem a montagem de uma experiência agradável, estão: 

— Design responsivo: não pode ser ignorado, pois a maioria dos acessos são feitos via dispositivos móveis; 

— Informações claras e precisas: é importante colocar apenas as informações mais relevantes. Além de tornar o visual mais clean, isso evita o desvio do foco do consumidor para informações sem valor e que podem atrapalhar todo o processo; 

— Jornada de compra facilitada: isso inclui a escolha dos itens, colocação no carrinho, meios de pagamento e finalização da compra; 

— Velocidade de carregamento: sites que demoram para carregar tendem a fazer o cliente desistir da compra e buscar uma loja concorrente para adquirir o produto; 

— Atendimento de qualidade: colocar um chat online na sua loja durante o ajuda bastante a aumentar as vendas em e-commerce e a oferecer um atendimento de qualidade. 

Como você viu neste artigo, o e-commerce tem muito potencial. No Brasil, além de conquistar novos consumidores, há bastante a ser feito para aprimorar as entregas feitas para os clientes atuais. 

Quanto mais eficiente for a operação, maiores as chances de fidelização do público, que não apenas comprará mais, como ajudará o setor a promover as lojas virtuais. Na prática, isso significa ter mais gente compartilhando boas informações sobre as compras online. 

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