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Clientes, Experiência e Atendimento

Estudo mostra como consumidor compra fora do Brasil

By 23/06/2015abril 6th, 2022No Comments

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Os resultados de um estudo encomendado pela FedEx Corp. e realizado pela Forrester Consulting sobre as prioridades e preferências dos consumidores que compram online de sites estrangeiros apontam as tendências do comércio eletrônico no mundo. Em um esforço para entender melhor o comportamento de compra global e como as pequenas e médias empresas podem se beneficiar do comércio eletrônico, os pesquisadores entrevistaram mais de 9 mil pessoas em 17 países, incluindo o Brasil, além de pequenas e médias empresas com operações internacionais.

Segundo estimativas dos pesquisadores, o faturamento do comércio eletrônico nos países estudados deve exceder US$ 1 trilhão em 2014 e esse volume deve dobrar nos próximos quatro anos. No Brasil, o varejo online registrou receitas de US$ 19 bilhões no ano passado e tem expectativa de alcançar vendas de US$ 35 bilhões em 2018, o que representa um aumento de 84,2%.

“A pesquisa da Forrester oferece uma visão profunda das prioridades e preferências dos clientes online globais e destaca como pequenas e médias empresas podem aproveitar melhor a oportunidade entre fronteiras”, disse Raj Subramaniam, vice-presidente executivo de Marketing Global da FedEx. “Conhecer as semelhanças e as diferenças culturais entre os mercados geográficos pode ajudar as empresas a ganhar vantagem no varejo online”.

O estudo mostra que uma parcela significativa do comércio eletrônico global envolve transferências entre fronteiras. O levantamento aponta que quase 68% dos brasileiros que compram pela internet escolhem produtos dos Estados Unidos. A China aparece como segunda opção, com 63% dos pedidos vindos do Brasil. Os eletrônicos são os itens mais pedidos, seguidos por roupas, livros e calçados.

Quando se trata de compras online, as principais preocupações dos consumidores globais são os custos de transporte (51%) e o prazo de entrega longo (47%). No Brasil, 52% dos entrevistados apontaram o tempo de entrega como um dos principais problemas das compras online, tendo em vista sua experiência pessoal. Na América Latina, as maiores preocupações dos compradores online, mesmo entre os que nunca enfrentaram problemas do gênero, são a segurança da transação (50%) e a possibilidade de os produtos chegarem danificados (50%).

O que constitui um prazo de entrega longo depende das expectativas dos clientes, mas a maioria dos compradores espera que a entrega aconteça entre uma e duas semanas. Já entre os brasileiros entrevistados, 45% disseram esperar que a entrega ocorresse em duas semanas ou mais; 36% dos australianos e 33% dos americanos entrevistados compartilham dessa opinião.

A pesquisa revela, também, que o mercado internacional oferece oportunidade para as pequenas e médias empresas expandirem seus negócios. Para atuarem internacionalmente, as PMEs precisam se diferenciar, oferecendo mercadorias singulares e serviço de alto padrão.

Descobertas sobre as compras internacionais em todo o mundo

• 82% dos entrevistados afirmaram comprar online de empresas situadas fora de seu país de residência. Esse índice varia minimamente entre as regiões. A maior taxa foi a dos canadenses, com 90%, enquanto a menor foi a dos japoneses, com 59%. Em todo o mundo, os consumidores disseram gastar, em média, aproximadamente US$ 300 ao ano em compras internacionais.

• Os principais destinos dos compradores online são os Estados Unidos, a China e o Reino Unido. Embora os consumidores tenham indicado que compram dos 17 mercados internacionais incluídos no estudo, Estados Unidos, China e Reino Unido aparecem como os três maiores exportadores de compras online. Noventa e um por cento dos canadenses disseram comprar de empresas dos Estados Unidos. Os latino-americanos também compram dos Estados Unidos, incluindo 68% dos brasileiros pesquisados. Os europeus tendem a comprar da União Europeia, embora as empresas do Reino Unido enviem seus produtos principalmente para os Estados Unidos e a Austrália. Japoneses e coreanos disseram comprar com mais frequência dos Estados Unidos do que de seus vizinhos na Região Ásia-Pacífico.

• Os consumidores que compram internacionalmente preferem fazer negócio com grandes e conceituados varejistas multimarcas e grandes mercados virtuais globais. A maioria dos pesquisados, de todos os países do estudo, elegeu grandes lojas multimarcas ou mercados online como sua primeira opção entre cinco outros tipos de empresas para suas compras internacionais. As conclusões também indicam que os mercados online são uma forma eficaz para os varejistas de pequeno e médio porte entrarem no mercado internacional.

• Tarifas e impostos de importação restringem a atividade internacional. Embora os custos de remessa e o prazo de entrega sejam as preocupações mais citadas pelos compradores, 35% dos pesquisados no mundo todo disseram se preocupar com as altas tarifas/impostos de importação ao comprar fora do país. Os números mais significativos vêm do Canadá – 62% dos canadenses acreditam que as tarifas e impostos de importação são um problema – o maior percentual entre todos os países. Em segundo lugar, empatados, estão Alemanha e Brasil, com 48%. O impacto de tarifas e impostos de importação é ainda maior quando os pesquisadores tentaram elevar o valor isento de tributação. Cinquenta e seis por cento dos respondentes globais aumentariam seu volume de compras internacionais de 26% a 75% se as compras abaixo de 200 dólares fossem isentas de impostos.

 

Principais Recomendações para Pequenas e Médias Empresas (PME’s)

As PMEs têm nos negócios internacionais uma oportunidade significativa para expandir seus mercados e aumentar suas receitas, desde que tomem medidas como:

Estudar seus níveis atuais de tráfego e negócios internacionais: fique de olho na origem dos visitantes no seu site para entender o que procuram e tomar decisões de marketing.

Aprender com seus pares: observe outras empresas de pequeno e médio porte – inclusive suas concorrentes – para entender como elas lidam com marketing, pagamentos online e envio de pedidos.

Decidir se atuará de forma ampla ou restrita: Atender muitos países ou concentrar-se em apenas alguns? Sua mercadoria tem um apelo amplo ou é mais atraente em certos países? A atuação em certos mercados envolve considerações logísticas? Faça um perfil, trace sua estratégia e entre em ação.

Concentrar-se em áreas limitadas no começo: mesmo que você escolha uma atuação mais ampla, comece por alguns mercados. Isso garante que você entenda e consiga administrar as exigências e complexidades que são naturais. E a expansão pode ser feita com mais sucesso depois de aprimorar seus processos.

• Identificar os parceiros certos, com base em sua estratégia e necessidades: escolha serviços e produtos específicos que farão parte da sua diferenciação e atenderão às necessidades e expectativas dos consumidores. Isso inclui examinar o valor dos mercados e dos fornecedores de logística.

Metodologia

A Forrester Consulting, empresa de pesquisa independente, realizou uma pesquisa online em setembro de 2014 com 9.006 consumidores globais que fazem compras online e entrevistou 34 empresas de pequeno e médio porte que mantêm operações de comércio eletrônico internacionais na Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, México, Porto Rico, Cingapura, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos para avaliar as atuais atitudes e experiências relacionadas às suas compras internacionais e o envio desses pedidos, incluindo os desafios e preocupações enfrentados por ambos os grupos para expandir essas práticas.

Participaram da pesquisa consumidores com mais de 18 anos que, nos últimos 12 meses, tinham comprado um item físico pela internet, enviado para seu endereço ou de outro destinatário. As empresas de pequeno e médio porte entrevistadas foram questionadas sobre os fatores que as levaram a tomar a decisão de iniciar uma operação internacional de comércio eletrônico, suas experiências e desafios com o envio desses pedidos e os fatores que poderiam viabilizar a expansão dessa prática. O estudo foi realizado entre os meses de julho e setembro de 2014.

Via: Maxpress

Foto: Unsplash

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