Escândalos, prisões, investigações. Vivemos em tempos que são marcados pelos mal feitos de alguns – com prejuízo – e desgosto – para todos. Ética e governança, em todas as esferas, são uma boa solução.
De acordo com Flávia Moraes, consultora de sustentabilidade e professora do Curso de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa da FGV, a “ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social”.
A ética atravessa todas as relações com outros – e como eles são afetados por nossas ações. Ela vale tanto para indivíduos como para empresas. Se uma empresa tem processos produtivos questionáveis, mantém relacionamento desigual com fornecedores, é desrespeitosa com a comunidade que a cerca e com o bem estar de seus funcionários, esta empresa é antiética.
Mas empresas não se fazem sozinhas, se fazem com o comportamento de todos os que dela participam… A questão, entretanto, vai além da ética – ou da moral. O Relatório Global de Corrupção da Transparência Internacional (2009) aponta as muitas vantagens para as empresas éticas:
- Quando a empresa possui forte governança interna e integridade empresarial, esta gera “dividendos de integridade”;
- Empresas que possuem mecanismos de combate à corrupção e normas éticas sofrem até 50% menos corrupção. Essas empresas também possuem menor probabilidade de perder oportunidades de negócios do que as empresas sem esses programas;
- Muitas empresas com boas práticas de cidadania corporativa muitas vezes superam suas concorrentes;
- Companhias com governança empresarial robusta, localizadas em economias emergentes, estão associadas ao melhor desempenho e à valorização no mercado.
Criar estratégias de governança, responsabilidade social e/ou ambiental e praticar exatamente o que você exige do poder público são passos fundamentais para o sucesso de todos. Afinal, só existe corrupção com dois lados: o que corrompe e o que é corrompido.
A grande lição que brota de todas as muitas análises feitas é: nada de esperar “o governo”. Faça. O que poderia ser feito para a sua empresa ter práticas mais próximas do seu ideal ético? O que você pode fazer, no seu cotidiano, para ser mais ético e honesto com seus princípios de cidadania? Quanto mais cidadania as empresas promoverem, melhor ficará o ambiente de negócios – e menos instabilidade econômica se acumula no futuro.
Inspirado em: Dinheirama
