Segundo pesquisa publicada pelo site PYMNTS e realizada em parceria com a Forter, uma fornecedora de soluções de prevenção a fraudes dos EUA, o alvo principal dos fraudadores são os e-commerces. Só em 2015 houve aumento de 163% dos casos – o e o maior alvo dos hackers são os sites de produtos de luxo. Eles realizaram um estudo que mostra, a cada trimestre, onde os ataques acontecem, a quem, o que os varejistas podem fazer para prevenir o problema e quanto estes ataques custaram no ano passado.
94% e 163%. Estes são dois números que contam a história das fraudes online em 2015. 94% é quanto aumentou o tamanho do impacto das fraudes no lucro dos negócios entre 2014 e 2015. As tentativas de fraudes em itens digitais aumentaram 2,5 vezes do primeiro quadrimestre de 2015 para o último do mesmo ano.
163% foi o aumento da taxa de ataques. As fraudes são um negócio enorme e os fraudadores se transformaram em profissionais sofisticados de negócios. E parece que estão usando ferramentas com mais frequência para ganhar muito – às custas dos varejistas, claro.
Mas existem boas notícias, por mais que pareça impossível. A prevenção de fraudes começa entendendo de onde a fraude surge e quais ferramentas dos fraudadores usam e quais são seus alvos – em constante mudança.
O Índice Global de Ataques e Fraudes, uma parceria entre o PYMNTS e a Forter, foi concebido para ajudar a identificar, analisar e informar as grandes tendências que acontecem no mundo das fraudes no âmbito dos pagamentos e e-commerce. A cada trimestre, ele vai monitorar as tentativas de fraude, relaciona-las com o total de transações dos EUA e quais são os segmentos afetados.
No mundo inteiro, fraudes com cartões de crédito custaram US$ 16 bilhões. A taxa aumentou de 0,68% em 2014 para 1,32% em 2015 (aumento de 94%). A parte difícil desta história, que custou, em 2014, US$ 32 bilhões, segundo um estudo com o varejo, é que os fraudadores parecem sempre estar um passo à frente. Afinal, este é o seu trabalho: descobrir como vencer o sistema e encontrar suas falhas e pontos fracos. Quando nós fechamos um buraco e consertamos a falha, eles encontram outro.
Mas não desista ainda. Com os avanços, como o aprendizado automático (machine learning), começam a surgir possibilidades de proatividade bem como de reação instantânea. Em vez de recusar os bons pedidos ou perturbar seus clientes com pedidos de informação complementar, tudo pode ser feito em tempo real e de forma precisa, aumentando as vendas e melhorando a experiência do cliente.
Segundo o índice, os segmentos mais afetados são o de joalheria e produtos digitais. Enquanto o volume transacional se mantém estável, a médica de tentativa de fraudes aumentou no último quadrimestre de 2015. No setor de bens digitais o aumento pulou de 0,7% para 2,5% de todas as transações, enquanto no segmento de luxo (joias e itens de marca) mais que dobrou, saltando de 3,1% para 6,5%.
O segmento de luxo também é uma das categorias mais afetadas. Por isso o setor precisa reforçar sistemas e usar as últimas tecnologias para reduzir o número de revisões manuais.
Os tipos de fraude
Sequestro de contas – quando uma outra pessoa usa a conta de um cliente
Botnets – programas que interagem com sites e fazem tarefas sem conhecimento dos seus usuários
Fraude amigável – quando a pessoa é o verdadeiro proprietário da conta ou cartão
Manipulação de local – quando o fraudador e a vítima estão em locais diferentes e o fraudador tenta ocultar sua localização – pode ser por meio de ips falsos ou reenvio de encomendas.
Fraude simples – ataques facilmente identificados, sem nenhum cuidado para evitar a descoberta de identidade, pode ser um sinal de ataques de força bruta ou um teste para descobrir as falhas e pontos vulneráveis do sistema.
Fraude sofisticada – envolve roubo de identidades (por exemplo, acesso a diversas contas e informações da vítima) ou habilidades técnicas avançadas (como malware inteligente).
Segundo esta edição do Índice, o maior volume de ataques vem das botnets, com 33% do total de tentativas e tem origem tanto nos EUA e Europa como do resto do mundo. O estudo mostra que este tipo de fraude tende a cair – e os valores são baixos (menos de US$200,00), enquanto as fraudes simples podem atingir os US$500.
Para quem trabalha com produtos digitais as botnets são o maior risco, enquanto no setor de luxo, predominam as fraudes amigáveis e sofisticadas. As médias de valores, entretanto, quase dobraram em 2015.
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