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Geração Alpha impõe desafios para as empresas

By 15/12/2023janeiro 23rd, 2024No Comments

 Num ambiente cada vez mais desafiador para as empresas, em razão das rápidas transformações que têm impactado o dia a dia da sociedade, tornou-se prioritário entender o comportamento das novas gerações. 

Neste artigo, separamos algumas informações importantes sobre os alphas. Nascidos entre 2010 e 2025, este grupo é o primeiro totalmente do século XXI. 

Os seus representantes mais velhos estão alcançando agora a pré-adolescência e a projeção é que, em 2025, serão 2,5 bilhões de Alphas no mundo – isso fará dessa geração a maior da história da humanidade. 

Outra estimativa relevante: com o aumento da expectativa de vida da população global, Alphas chegarão na fase adulta em 2030 tendo a responsabilidade de “liderar” a convivência do maior número de gerações simultâneas até hoje.  

Geração Alpha no Brasil 

Segundo o relatório produzido pela WGSN Mindset e o Meio e Mensagem, o grupo representa hoje 17% da população total do país. 

E a sua independência está sendo construída durante o processo de inversão da pirâmide etária.  

Um dos impactos disso é que, na fase adulta, essa geração terá que lidar com o encolhimento populacional.  

Vale lembrar que esse processo já começou: nos anos 70, o Brasil tinha uma taxa de fecundidade de 5,7 filhos por mulher, e hoje ela é de 1,7, com previsão de queda ainda maior.  

Como indicado no estudo, a Gen Alpha, indiretamente, já está demandando que marcas redefinam suas estratégias de comunicação.  

Isso porque estamos falando de um grupo que, estimulados ao contato com marcas desde cedo, é capaz de criar associações a partir desse reconhecimento. 

Veja esse dado: no cenário atual, crianças a partir dos 3 anos de idade já são capazes de associar uma determinada marca depois de ver uma embalagem, personagem ou logo. 

Essa situação reflete diretamente no mercado de consumo. De acordo com estudos realizados nessa área, as crianças influenciam (e muito) na decisão dos pais em diversas categorias, como brinquedo, entretenimento, calçados, fast foods e vestuário. 

A maioria dos pais (88%, numa pesquisa conduzida pela Locomotiva) é influenciada pelos filhos quando realizam compras no shopping ou no supermercado. 

E, assim como os demais grupos da população, estão conectados: no último estudo do IBGE, foi constatado que mais de 50% das crianças de 10 a 13 anos possuem aparelho celular. 

Calcula-se que hoje o mercado infantil arrecade cerca de 16 bilhões de reais, registrando um crescimento anual na faixa dos 14%. 

Geração Alpha: quais os desafios para as marcas? 

Como podemos deduzir ao analisar os dados dessa geração, lidar com esse grupo não é um desafio para o futuro. 

Primeiro, porque essas crianças já estão influenciando as decisões de compra. 

Segundo, marcas que pretendam se manter relevantes nos próximos anos precisam atentar para valores e os comportamentos desse grupo. 

Outro ponto a ser considerado é que, como sempre acontece nesses processos, conforme a gen Alpha ganha relevância, ela influencia também os demais grupos etários da sociedade. 

Estabelecida a necessidade de entender melhor o comportamento de consumo dessa geração, vamos analisar algumas de suas características: 

– Hiperconexão 

Mais do que qualquer outro grupo, essa geração deve exigir mais das empresas, principalmente quanto às experiências físicas e digitais mais personalizadas 

Estamos nos referindo a um grupo cuja infância ocorre no contexto da internet 5G. 

Temos que refletir, também, sobre o fato de que a gen Alpha é formada, em sua maioria, por filhos de Millennials. São influenciados por eles, mas também influenciam o seu comportamento. 

No relatório citado, 81% dos pais da Geração Alfa afirmaram que seus filhos influenciaram nas suas ações e decisões de consumo, tornando-os mais conscientes do ponto de vista ambiental.  

E veja que interessante: muitos millennials querem que seus filhos tenham as mesmas experiências que tiveram quando crianças, por isso estão estimulando brincar com Legos, Hot Wheels, Barbies, brinquedos Fisher-Price e outras marcas com as quais eles se lembram de ter brincado.  

– Propósitos em alta 

Comparando com a genZ, o estudo também traz insights importantes: 

– eles são mais prováveis que a Gen Z de valorizar compartilhar visão e opinião com outros; 

– ainda nesta linha, eles devem ser ainda mais críticos que a genZ no que se refere aos propósitos das marcas. A expectativa é que essa geração seja, portanto, mais criteriosa em suas escolhas. 

Como indicado do estudo, a Geração Alpha crescerá consciente da preocupação global com envelhecimento, previdência e acessibilidade.  

Um dos aspectos que devem ser considerados é que essa geração tem pais mais conscientes e, até por isso, se espera que ela aja mais sobre esses propósitos sobre os quais acredita. 

O que é determinante para eles? 

A Alpha é a primeira geração phygital-first, que vive no intermédio desses dois canais. Ou seja, as estratégias nessa área devem avançar rapidamente para que este consumidor possa se conectar com as marcas. 

Enquanto a GenZ é formada por “nativos digitais”, agora estamos diante dos “hiperconectados”, uma vez que são a 1º geração verdadeiramente digital, tendo contato e sabendo operar desde cedo todos os tipos de tecnologias como smartphones, tablets, assistentes de voz e etc. 

O hiperestímulo faz parte do dia a dia desse grupo e uma das consequências é a inteligência aguçada, resultado do fato dessas crianças estarem inseridas em um ambiente com estímulos visuais, sonoros e interativos constantes.  

Ao mesmo tempo em que desenvolve certas habilidades, contudo, essa geração tende a ter problemas com a concentração e a paciência.  

No desenvolvimento das estratégias, então, o foco das marcas deve estar nas comunidades online, nas mídias sociais e nos games, importantes para essa aproximação com o público. 

A oferta de conteúdos autênticos é uma das premissas para se relacionar com esse público, além, é claro, da questão do dinamismo, única forma de atrair a atenção dos dispersos alphas. 

Como as empresas devem ser lideradas nos próximos anos por profissionais que pertencem à outras gerações, o desafio é justamente avançar nos aprendizados sobre as particularidades desse grupo. 

Gostou do artigo? Confira também este conteúdo A Geração Z já usa o TikTok como fonte de pesquisa. 

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