Proporcionar experiências acima da média aos consumidores é hoje um dos principais desafios para qualquer empresa.
Este é um dos objetivos a serem alcançados por quem almeja um negócio de sucesso, afinal, comprovadamente, este é um dos aspectos que influenciam (e muito) a decisão de compra do cliente.
Isso não é exatamente uma novidade, mas temos percebido que, cada vez mais, esta é uma questão prioritária, até em razão da infinidade de opções que o público tem à sua disposição.
Neste contexto, refletindo sobre as possibilidades de diferenciação para as lojas virtuais, hoje é impossível ignorar a relevância da performance dos sistemas de vendas.
Claro que isso tem relação com usabilidade, mas é importante avançar um pouco mais nessa questão, avaliando como é possível aprimorar a experiência de compra, de modo a torná-la um diferencial competitivo para o negócio.
Por que a performance da loja torna-se cada dia mais importante?
Há uma série de indicativos de que a performance da loja torna-se cada vez mais importante.
Vamos começar por um fator básico: a relevância conquistada nos últimos anos pelo mobile exige que as lojas virtuais redobrem a atenção com o tempo de carregamento das páginas.
Vale lembrar que o Brasil ainda não oferece condições ideais em relação à qualidade da conexão, o que torna essa tarefa mais desafiadora.
Basta pensar em sua experiência como consumidor: quantas compras você já deixou de fazer por não conseguir ter uma navegação satisfatória, no tempo que dispunha para fazer aquela compra?
Não é à toa que, quando se analisam os dados sobre carrinho abandonado, o tempo de carregamento da página apareça como um fator decisivo.
Outro aspecto que precisa ser considerado é como conquistar a confiança do cliente. A insegurança faz parte do digital, até em razão do alto número de fraudes, portanto, é preciso garantir que o cliente se sinta mais seguro.
Do ponto de vista do e-commerce, a preocupação com esses fatores faz com que algumas questões passem a ser prioritárias na escolha do sistema de vendas. Vamos analisar algumas:
– ter uma plataforma first mobile deixou de ser opcional
O fato de a plataforma priorizar o aparelho celular faz muita diferença, principalmente em relação, justamente, ao tempo de resposta para cada ação do usuário.
Sobre esse aspecto, importante o registro de que o comportamento do consumidor brasileiro diferere do de outros países.
Segundo estudo da ComScore, no Brasil, 68% das pessoas dão preferência ao celular – 7% desktop e 25% combina os dispositivos (é o chamado multi-plataform).
Analisando esse cenário, outro ponto que nos parece fundamental é a necessidade de as provedores de soluções trabalharem, cada vez mais, com a oferta de sistemas de vendas flexíveis.
Num cenário competitivo como o que vivemos no e-commerce, negócios bem estruturados são aqueles que conseguem ser adaptados, facilmente, às particularidades do negócio.
– a loja não pode mais abrir mão da personalização do site!
Em outras palavras, dificilmente uma loja virtual conseguirá agregar valor à sua atividade se não tiver condições de personalizar a experiência proporcionada ao cliente.
Isso tem a ver, claro, com a questão do layout, mas vai além dela, porque temos hoje um usuário que é muito exigente.
Internamente, olhando para a gestão do negócio, cada operação deve conseguir aprimorar os seus processos de venda.
Muitas vezes, ao avaliar apenas a questão do custo da plataforma, os gestores desconsideram a necessidade de contarem com um sistema não apenas mais robusto, mas também flexível.
Por exemplo: a possibilidade de escolher, de forma simplificada, quais ferramentas são mais adequadas para a sua loja.
Uma dica importante, neste caso, é optar por soluções nas quais toda a complexidade da programação seja encapsulada dentro de cada ferramenta.
Isso é importante para garantir que o e-commerce tenha condições de fazer a escolha por meio de componentes, definindo não apenas o tipo de ferramenta, mas também a posição que ela vai aparecer na sua página.
Os avanços da tecnologia nessa área, felizmente, têm sido acelerados. Contudo, nem sempre os gestores entendem a importância desses fatores para o sucess do negócio e, com isso, acabam adotando um front-end que não atende às exigências do seu cliente.
– velocidade de carregamento não é mais apenas desejável!
Entendemos que, nesse processo de evolução do e-commerce, ter uma loja mais rápida e flexível deixou de ser apenas “desejável”. Se temos que valorizar a experiência proporcionada ao cliente, isso será determinante para o sucesso ou o fracasso do negócio.
Além do que acontece no momento da compra, é preciso considerar que um sistema de vendas de alta performance, impacta diretamente em outras frentes do negócio, como a posição da loja nos mecanismos de busca.
E, como sabemos, essa é uma vantagem competitiva muito relevante para as marcas que atuam no digital.
Ter uma tecnologia de front-end devidamente otimizada deve ser vista como prioritária não apenas para garantir as vendas, mas também assegurar mais performance nas estratégias empregadas pelas lojas.
Isso porque, como confirmam as análises realizadas sobre a performance dos sites, quanto mais eficaz for o ambiente neste quesito, maior será a maximização dos resultados dos anúncios.
Ou seja, além de proporcionar uma melhor experiência para o cliente, o e-commerce conseguirá mais conversão para os seus anúncios.
Os custos de aquisição de cliente são cada vez mais altos no digital, então, todo e qualquer esforço neste sentido pode fazer muita diferença.
– precisamos monitorar a performance!
Para comprovar o impacto da perfomance na prática, uma das formas é avaliar a taxa de Connect Rate.
Ela se refere, essencialmente, à taxa de sessões efetivamente iniciadas a partir dos cliques em um anúncio.
A Meta usa essa métrica e ela é fundamental para identificar possíveis perdas entre os cliques gerados no anúncio e os usuários que realmente começam a explorar o e-commerce.
A lógica é simples: quando o Connect Rate é baixo, isso pode indicar que as páginas estão demorando para carregar o conteúdo relevante.
E, com um tempo de carregamento excessivo, as ações do usuário serão impactadas de forma negativa. O que percebemos nas análises dos relatórios é que a demora geralmente leva o usuário a abandonar a página antes de consumir o conteúdo.
O resultado disso? Desperdício de cliques, o que, em última instância, vai gerar perda de vendas potenciais.
Por outro lado, a loja virtual aumenta suas taxas de conversão quando registra um aumento no número de usuários que acessam a página e iniciam uma sessão.
Num momento em que a atenção do consumidor é cada vez mais disputada, ter um sistema de vendas que garante experiências acima da média tornou-se fundamental.
E, considerando que tempo hoje é um recurso escasso no dia a dia das pessoas, investir em sistemas mais rápidos pode fazer muita diferença para o resultado das lojas.
Tratar esse assunto de forma prioritária exige atenção em várias frentes do negócio, mas o ideal é começar, justamente, analisando os recursos disponíveis na plataforma de e-commerce.
Os avanços tecnológicos têm sido acelerados nessa área, permitindo soluções muito melhores, mas nem sempre as lojas conferem a devida atenção ao assunto, ignorando os benefícios que podem ser obtidos ao contar com um sistema mais eficiente.
O e-commerce deve continuar crescendo nos próximos anos, mas, cada vez mais, os players devem priorizar a profissionalização de suas operações porque temos um consumidor muito mais exigente, em todas as frentes.
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Artigo originalmente publicado em E-commerce Brasil.