Não é difícil entender a importância do mobile commerce no cenário atual do varejo. Basta pensar na sua relação com o aparelho celular: quanto tempo por dia você passa conectado?
Provavelmente, são várias horas, já que hoje é possível realizar diversas atividades com ele na web, sem maiores complicações.
A pesquisa TIC Domicílios 2017, do Cetic.br, confirma que hoje os smartphones têm a preferência dos brasileiros para o acesso à internet – o dispositivo móvel é utilizado pela maior parte dos usuários (96%).
Para se ter ideia da proporção, metade da população conectada acessa a internet exclusivamente pelo telefone celular. Estamos falando de um total de 58,7 milhões de brasileiros.
E pela primeira vez na série histórica (a pesquisa está em sua 13ª. edição), o estudo mostra que a proporção de usuários que acessam a rede apenas pelo celular (49%) superou a daqueles que combinam celular e computador (47%).
As estatísticas dessa área devem ser acompanhadas de perto pelos gestores da área de e-commerce. A omnicanalidade deixou de ser tendência, faz parte das premissas do setor. Isso quer dizer que a loja deve estar preparada para atender o cliente em todos os canais e precisa ter as soluções adequadas para fazer a gestão integrada de todo o processo de venda.
Neste artigo vamos apresentar um panorama do m-commerce (abreviação do mobile commerce) e mostrar como as empresas estão conseguindo ampliar suas vendas por meio dos dispositivos móveis.
A presença do m-commerce no Brasil
Refletindo sobre as mudanças que têm acontecido no comércio eletrônico diante das possibilidades do mobile, existem algumas questões importantes que precisam ser analisadas.
Primeiro, vale enfatizar que o crescimento nessa área tem sido contínuo em diversas categorias de produtos. Na pesquisa Comércio Móvel no Brasil, da Mobile Time/Opinion Box, aparecem entre as compras mais frequentes via smartphone:
– Roupas (51%);
– Eletroeletrônicos (47%);
– Refeições (37%);
– Cosméticos ou itens de higiene pessoal (33%);-
– Acessórios de moda (32%);
– Livros (32%);
– Eletrodomésticos (32%).
Segundo essa pesquisa, 74% dos brasileiros com smartphone já experimentaram comprar produtos físicos por meio do aparelho celular. E 83% dos entrevistados se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com a experiência.
Outro dado interessante e que deve ser observado pelos gestores da área de e-commerce: 75% dos consumidores móveis brasileiros afirmam que fazem compras pelo smartphone com mais frequência hoje do que faziam seis meses atrás. E 63% dizem que realizam mais compras pelo smartphone do que pelo desktop.
Estudo divulgado pela Criteo em 2018 traz outras informações que merecem atenção:
– as compras são mais frequentes nesses canais a noite e nos finais de semana;
– em termos de estratégias, a combinação de dados das vendas off e online aumentam as oportunidades de otimização das vendas;
– os clientes omnichannel representam mais vendas, ainda que em volume não sejam numericamente significativos.
Pontos que merecem atenção no mobile commerce
Considerando as especificidades do m-commerce, a pesquisa Mobile Time/Opinion Box indica como mais valorizadas as seguintes funcionalidades:
– navegação gratuita;
– recomendações personalizadas;
– atendimento online;
– compra online com retirada na loja física.
Entre as melhorias ainda requisitadas pelo público, o estudo indicou os seguintes itens:
– serviço de atendimento ao consumidor;
– a busca por produtos;
– o processo de pagamento;
– o cadastro de dados pessoais;
– o custo de navegação.
O que é determinante para aumentar as vendas no mobile
Disponibilidade
Uma das características do serviço nessa área é a necessidade de facilitar o acesso do usuário. Isso envolve as questões relacionadas à navegabilidade da loja, como o tempo de carregamento da página, e aspectos relacionados ao processo de compra e fechamento da venda.
Os estudos realizados nessa área confirmam que o público é impaciente. Se encontrar algum problema, a pessoa logo desiste da loja e pode acabar parando no site do concorrente.
Veja o que diz o estudo realizado pelo Google, sobre os micro-momentos: 53% dos entrevistados declararam que abandonam o site mobile se ele demorar mais de 3 segundos para carregar.
Existe também um impacto direto nos resultados do negócio, uma vez que para cada segundo de demora, a taxa de conversão cai 12%.
Para não prejudicar a imagem do e-commerce e, claro, as vendas, o site então precisa ser responsivo, ou seja, se adaptar ao dispositivo de acesso.
A integração entre os sistemas adotados pela loja também é importante, por causa do comportamento omnichannel do consumidor. É comum que as pesquisas sejam realizadas no celular e, a compra, no site.
É crucial, também, garantir que o cliente possa escolher os canais de sua preferência. Assim, se você tem loja física, o ideal é que ele tenha a opção de comprar pela internet e retirar na loja.
Agilidade
A questão da agilidade é preponderante para o consumidor móvel. Isso tem a ver com a usabilidade do e-commerce e envolve funcionalidades relacionadas ao cadastro, processo de pesquisa e, principalmente, checkout.
Certifique-se, então, de que a plataforma de e-commerce contratada disponha dos recursos adequados, como social login (o cliente pode usar suas contas nas redes sociais) e o checkout inteligente.
No caso desse último, o ideal é oferecer:
– Identificação do cliente na recompra;
– Auxílio visual para preenchimento dos dados do cartão;
– Possibilidade de fechar a compra em poucos cliques;
– Acesso ao resumo do pedido em qualquer momento da jornada de compra.
Prepare-se para o m-commerce
Como sempre acontece nessa área, não há muita saída para o comércio eletrônico, é preciso acompanhar as tendências do setor. Se o consumidor tem dado preferência para o m-commerce, é crucial que a loja esteja preparada para responder à demanda.
Se ainda tem dúvidas sobre a necessidade de ter um site mobile friendly, veja esses dados: no primeiro semestre de 2018 o m-commerce respondeu por 32% das vendas do comércio eletrônico brasileiro.
Essa informação faz parte d a 38ª. edição do Webshopper, da E-bit/Nielsen. Segundo o estudo, as compras via smartphones ou tablets alcançaram um total de 17,4 milhões, gerando um movimento de R$ 6,7 bilhões.
Para inserir o seu e-commerce nesse ambiente, é importante investir nas soluções adequadas. É fundamental ter um site responsivo e que disponha das funcionalidades necessárias para agilizar a venda.
Não se descuide: mobile commerce deixou de ser tendência para se transformar em realidade e não há como deixar de disponibilizar essa opção de compra para o consumidor.
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