Definir um nicho de mercado para o negócio pode fazer muita diferença para os resultados de qualquer e-commerce.
Primeiro, pela possibilidade de conhecer melhor as demandas do seu público. Quanto mais restrito o grupo, maiores as chances de reunir informações precisas sobre as pessoas que o compõem, até em função da homogeneidade.
Segundo, porque ao segmentar você consegue direcionar suas estratégias, concentrando-se nas abordagens que são mais eficazes para os seus objetivos.
Se você ainda tem dúvidas sobre o conceito de nicho de mercado, fique atento às dicas que separamos para este artigo. Vamos explicar como isso funciona no caso do e-commerce, além de apresentar os setores mais promissores para vendas online. Acompanhe!
Nicho de mercado: saiba como definir
Conceitualmente, podemos definir nicho de mercado como um recorte em determinado segmento. A proposta é atender à demanda de um grupo específico de consumidores.
Por exemplo, na área esportiva, é possível atuar com diversos tipos de nicho de mercado. A empresa pode oferecer produtos de acordo com as modalidades esportivas (natação, tênis, basquete, futebol etc.) ou optar por uma segmentação relacionada ao público (interessados em fitness, artigos profissionais e esporte amador, entre outros).
O principal, refletindo sobre as particularidades do comércio eletrônico, seria identificar um segmento ainda pouco explorado. O desafio, então, é apresentar uma solução para o problema (ou as “dores”) daquele target.
O primeiro passo para ter sucesso num projeto desse tipo é analisar os diferentes tipos de segmentação. Separamos algumas informações sobre cada uma dela, confira:
Demográfica
A segmentação demográfica envolve a classificação dos consumidores a partir de gênero, idade, religião, renda ou mesmo grau de instrução.
Pensando na aplicação para o e-commerce, vamos tomar como exemplo a área de beleza. Uma das tendências é o desenvolvimento de produtos e serviços específicos para homens.
Em termos de renda, é importante analisar a movimentação entre as pessoas da classe C. Elas têm aderido às compras via internet nos últimos anos, mas se trata de um segmento ainda pouco explorado pelas lojas online.
Geográfica
O recorte da segmentação geográfica deve ser feito a partir do bairro, cidade, estado ou país dos consumidores que compõem o seu público de interesse.
Focar em determinada região pode ser uma saída para diferenciar as atividades do seu e-commerce, principalmente nas categorias nas quais pesa a questão da comodidade.
A dica, para não errar nas estratégias, é entender bem as especificidades do local, incluindo os concorrentes que já disputam a atenção do público local.
Psicográfica
Na segmentação psicográfica devemos levar em consideração aspectos mais subjetivos, como a personalidade do consumidor, o seu estilo de vida e mesmo os seus valores.
Como exemplo na área de e-commerce, podemos citar os serviços de assinatura para cestas de produtos orgânicos. O “corte” não depende de questões demográficas, uma vez que a decisão de compra tem relação com a busca de um estilo de vida mais saudável.
Comportamental
Na segmentação comportamental a divisão do público vai ocorrer, basicamente, a partir da análise do comportamento de consumo de determinado grupo.
Atenção: para aplicar esse tipo de classificação, é preciso recorrer à uma base consistente de informações. Temos que ter estudos que nos ajudem a entender melhor as tendências dos diferentes setores econômicos.
Confira os setores mais promissores para o e-commerce
Esses tipos de segmentação são importantes para orientar o lançamento de um novo negócio, mas também para promover o reposicionamento das marcas.
Além de considerar essas classificações para fazer a divisão do público, é essencial levar em conta, claro, a demanda do mercado.
Com o cruzamento dos dados, fica bem mais fácil detectar boas oportunidades de negócios online. Listamos, a seguir, os 10 setores que têm se destacado na internet em termos volumes de pedidos. As informações são da 38ª. edição do Webshoppers:
Saúde / Cosméticos e Perfumaria (15%)
Moda e Acessórios (14,5%)
Casa e Decoração (10.9%)
Eletrodomésticos (9.8%)
Telefonia/Celulares (7.7%)
Livros, assinaturas e apostilas (7.6%)
Informática (5.1%)
Eletrônicos (3.8%)
Alimentos e bebidas (2.2%)
O setor de e-commerce tem crescido no Brasil nos últimos anos, mas ainda é uma atividade que tem um potencial enorme em praticamente todas as áreas.
Ou seja, há espaço para o surgimento de novas lojas, principalmente se a empresa identificar nichos de mercado pouco explorados.
Essa lista de setores é um bom ponto de partida para as análises que precisam ser feitas para orientar a tomada de decisão. Além de analisar as tendências, lembre-se de que o mais importante é estruturar uma operação profissional. Com a evolução que tem acontecido nessa área, não existe mais espaço para o amadorismo!
Quais as vantagens de trabalhar com nichos?
Entendido o conceito, vamos analisar os benefícios obtidos pelas empresas que, em vez de “atirar para todos os lados”, escolhe um nicho de mercado para desenvolver sua marca.
Menor concorrência
O número reduzido de concorrentes disputando o setor é uma das vantagens para quem opta por trabalhar com produtos e serviços mais segmentados.
É um benefício não precisar seguir as regras ditadas por outras empresas (isso ocorre em mercados mais disputados), porém, aumenta a responsabilidade. Se a operação não adotar as inciativas adequadas, corre o risco de perde uma boa oportunidade de negócio, apesar de ter saído na frente.
Mais autoridade para a marca
Até pela baixa concorrência, é mais fácil obter destaque para a marca ao posicioná-la em determinado nicho. Essa é a chance que muitos precisam para construir sua reputação online, apresentando-se como uma autoridade no assunto.
Tenha em mente que esse tipo de trabalho ajuda a melhorar a relação com os clientes e, no longo prazo, pode ser bastante útil para tornar a vida dos eventuais concorrentes mais difícil.
Esforços concentrados e economia de recursos
Atuar num nicho de mercado pouco explorado traz uma vantagem financeira importante para as operações, justamente pela possibilidade de reduzir os investimentos destinados à área de comunicação.
A explicação é simples: como os esforços serão concentrados num número menor de pessoas, aumentam as chances de resultados positivos e, com isso, é possível diminuir volume de ações.
Pesa também nessa conta a baixa concorrência. Por exemplo, num investimento em links patrocinados, é possível que o e-commerce consiga um valor mais baixo no custo das palavras-chaves, em função da demanda.
A tecnologia tem favorecido o trabalho das empresas interessadas em trabalhar com nichos de mercado. Hoje é possível acessar um alto volume de informações sobre os clientes e seus hábitos de consumo, o que ajuda bastante no direcionamento estratégico dos negócios.
Gostou do artigo? Ficou com alguma dúvida? Para entender o que se espera para o setor de e-commerce nos próximos meses, leia também nosso artigo sobre Perspectiva para o e-commerce 2019: visão dos especialistas da JET.