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Clientes, Experiência e Atendimento

O digital como principal canal de saúde e farma: como aproveitar essa tendência?

Num período particularmente difícil para o e-commerce, uma vez que o setor não deve repetir em 2023 o mesmo desempenho dos últimos anos, o segmento de Saúde & Farma desponta justamente em razão do crescimento.

Segundo dados da Neotrust, o canal Farmácia deve encerrar o ano com um aumento de 40% em seu faturamento.

A tendência é positiva para Saúde & Farma e confirma a consolidação da área como uma das mais importantes para o digital.

Uma das constatações importantes da pesquisa: hoje 40% dos pedidos online do segmento são de farmácias. 

Ou seja, quem aderiu às compras online no período da pandemia, gostou da experiência e manteve-se fiel ao canal.

E tem mais: o setor tem 17% a mais de usuários únicos frente ao registrado em 2022.

Quais são as tendências para o setor de Saúde & Farma?

O estudo da Neotrust, que utilizou sua própria base de cinco mil lojas cadastradas, indica outras tendências importantes para este ano:

– consolidação das categorias Pets e farmácia;

– Pequenos e médios sellers performando melhor que grandes empresas;

– Pix com maior destaque nas transações, principalmente relacionado aos descontos do modelo.

Assim como em outros segmentos do e-commerce, destaca-se ainda a necessidade de o setor adotar estratégias ainda mais fluidas e focadas nas experiências dos clientes. 

O comportamento do consumidor de Farma & Saúde também é omnichannel, por isso, a preocupação de que as operações consigam explorar melhor o potencial de cada canal.

Os pontos de venda físicos, por exemplo, têm hoje um papel importante, uma vez que devem ser vistos como espaços voltados à prevenção, bem-estar e cuidados pessoais, e não focados apenas na venda de medicamentos.

Uma prova dessa mudança é a ampliação do portfólio de produtos. Hoje as farmácias são pontos de conveniência, nos quais os clientes encontram diversos tipos de produtos, de alimentos até produtos de cuidados com pets.

Como aproveitar a expansão do setor?

Para aproveitar melhor o potencial do segmento, o primeiro passo é entender as mudanças que estão acontecendo. Houve uma evolução na relação de compra em todos os segmentos e este setor também tem sido bastante impactado por essa transformação.

Hoje não temos mais os produtos no centro, e sim o relacionamento com o cliente.

Para se relacionar, contudo, é preciso conhecer a pessoa e, por isso, tornou-se tão importante reunir o máximo possível de informações sobre o consumidor.

Ocorre que, nos pontos de venda, seja físico ou digital, as empresas nem sempre fazem as atualizações necessárias. 

Por exemplo, muitas vezes somos responsáveis pela compra de medicamentos para outros membros da família, mas essa informação sobre o usuário não é registrada na loja.

Com isso, aumentam as chances de aquela empresa fazer recomendações que não correspondem à realidade do consumidor.

Ainda pensando neste momento de compra, as operações têm passado por uma queda de fluxo de clientes na loja, o que demanda tanto ações para elevar o ticket médio como iniciativas que aumentem a frequência de compra.

Foco na experiência de compra

Outra questão importante, para o setor de saúde e farma, é a necessidade de oferecer uma boa experiência de compra, de forma que a pessoa que tem um consumo recorrente, permaneça fiel à marca.

O digital ganha relevância nessa história, até pela importância que a conexão ganhou na vida das pessoas. 

Neste sentido, é preciso desenhar estratégias específicas, usando segmentações mais refinadas.

O problema é que nem todos os modelos de negócios estão preparados para atender às novas demandas dos clientes. Ou seja, os consumidores estão prontos para comprar online, mas as empresas têm dificuldades para lidar com esse ambiente.

No caso das farmácias, por exemplo, é preciso atenção para a forma como as compras acontecem. Dados da consultoria Mind Shopper indicam que a maioria dos clientes gasta até 5 minutos para finalizar a compra.

Isso mostra que a jornada de compra é rápida, uma vez que a pessoa já entra no estabelecimento decidida sobre o que quer. Nesses casos, a venda online encaixa-se bem, porque a pessoa não precisa escolher o produto, avaliar possibilidades etc.

E o digital pode oferecer uma melhor experiência, uma vez que o cliente não corre o risco de ir até o local e descobrir que o produto que precisa não tem em estoque.

Se tudo é digital, por que não a venda?

Vários processos dessa área passaram a ser digital, com a telemedicina, então, não faz muito sentido que a compra tenha que acontecer obrigatoriamente na loja física.

Neste contexto, a chave para fortalecer as vendas nessas plataformas é o fornecimento de informações de qualidade para orientar o cliente e uma entrega rápida.

É importante considerar, ainda, questões como preço, frete, programa de fidelidade e alternativas como a opção de reserva de medicamento ou mesmo modelos de assinaturas.

Se a influência do digital nas compras é cada vez maior, não faz sentido ignorar essa possibilidade e deixar de priorizar o canal.

No dia a dia, quem faz essa opção, tem ainda outras vantagens, como a oportunidade de ativar as vendas. 

A partir do momento em que se cria, por exemplo, uma opção de venda pelo WhatsApp, a operação ganha muito mais eficiência para atuar na captação de novos clientes.

Ou seja, a venda ativa que acontece no PDV físico, quando o profissional oferece um outro produto na passagem pelo caixa, também pode ser viabilizada no online.

E, a partir das informações reunidas sobre o cliente, é possível tornar essa oferta mais atraente, na medida em que será baseada nos hábitos de compra ou numa pesquisa anterior feita pela pessoa, e não de forma aleatória.

Estratégias que funcionam!

Ao elaborar as estratégias neste momento, é importante pensar, também, nas particularidades do momento que estamos vivendo. 

No pós-pandemia, as pessoas continuam preocupadas com a saúde e têm buscado formas de se prevenir de eventuais problemas.

Para conseguir aproveitar melhor essas oportunidades, é fundamental, contudo, atentar para a necessidade de se investir na personalização das experiências.

A tecnologia é o motor das mudanças que estão acontecendo, mas quem está no comando é o cliente.

Na prática, isso significa que a prioridade deve ser valorizar a experiência do consumidor. Muitas empresas ainda não priorizam o digital, mas terão que fazer isso para continuar sendo relevantes, afinal, esse processo de transformação digital é irreversível.

Gostou do artigo? Quer saber como ampliar seus canais de venda e aumentar o faturamento? Leia também nosso artigo que detalha como o e-commerce é um grande aliado para ativar as vendas nas lojas físicas.

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