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Operação, Logística e Estoque

Os tipos de estoque no e-commerce

Gestão de estoque é assunto prioritário para qualquer tipo de negócio, afinal, os custos envolvidos nessa área são decisivos para que a loja virtual determine a eficiência da operação.

Nos últimos anos, com a evolução das soluções digitais, as empresas têm diversas opções, então, o principal é entender as diferenças entre os vários tipos de estoque no e-commerce e, assim, saber qual se adequa mais ao seu negócio.

Apresentamos neste artigo algumas opções de gestão de estoque que são aplicadas à operação do e-commerce e que podem ser a solução para a armazenagem e logística dos seus produtos. Confira!

Quais os principais tipos de estoque no comércio eletrônico?

 

Estoque físico único

A empresa aloca seus produtos num determinado espaço que, geralmente, é abastecido seguindo demanda da loja.

✅ Pontos positivos: independe de fornecedor terceirizado e possui produto para pronta entrega.

❌ Pontos negativos: sobra e/ou estoque excedente, que, dependendo do produto, pode gerar grandes perdas aos lojistas.

Para explorar melhor essa opção, é preciso automatizar gestão do estoque e integrar com plataforma virtual para segurança e garantia de controle.

Físico descentralizado

Com espaços distribuídos em diversas regiões, o estoque é descentralizado. Uma ótima solução para quem tem problemas de entrega por sazonalidade.

A proposta do multiCD, que ganhou força nos últimos anos, é adequada para atender à necessidade de agilidade das operações: colocar os produtos mais perto do cliente final resulta em entregas mais rápidas, custos de frete mais baixos e maior satisfação do consumidor.

✅ Pontos positivos: rapidez e facilidade na logística de entrega.

❌ Pontos negativos: Mais gasto com espaço para armazenagem, ainda que a empresa opte por firmar parcerias, como acontece hoje com os marketplaces.

A gestão integrada de todos os pontos de estoque é fundamental, uma vez que isso vai garantir que não haja rupturas e que a loja mantenha o controle adequado da operação.

Estoque compartilhado

O mesmo estoque atende às demandas da loja física e do e-commerce, portanto, funciona exatamente como o estoque físico.

✅ Pontos positivos: unificação do espaço físico para estoque.

❌ Pontos negativos: distinção de sistema para gestão de físico e virtual.

A dica, neste caso, é alinhar pedidos de compras da loja virtual para a física em tempo real e/ou trabalhar com venda na assistida na loja física, que faz a migração da compra física para a online e vice-versa.

Estoque consignado

Acordo entre lojistas e fornecedor que permite ao lojista comprar “X” número de produtos e, caso não venda ou utilize até uma determinada data, pode devolver o que sobrou ao fornecedor e pagar apenas pelo que vendeu.

✅ Pontos positivos: com esta prática, a loja elimina o estoque excedente e não compromete capital.

❌ Pontos negativos: lojistas que operam com estoque consignado normalmente vendem produtos de menor giro no mercado e, geralmente, distribuidor cobra mais caro por mercadoria.

Fique atento: ainda que consignado, prever e controlar mínimo de peças é fundamental para não comprometer espaço físico e gastos desnecessários.

Estoque de terceiro

O fornecedor define a quantidade de produtos que o lojista terá para venda na loja. Prática muito utilizada em lojas virtuais multimarcas.

✅ Pontos positivos: facilidade na gestão do estoque.

❌ Pontos negativos: limitação de produtos para venda.

Para assegurar mais eficiência para a operação, a recomendação é negociar antecipadamente com fornecedor quantidade mínima de peças e alinhar de acordo com demanda de pedidos na loja virtual.

Terceirização

A terceirização de estoque funciona das seguintes formas:

Dropshipping ou triangulação:

Integrado com a distribuidora, todo pedido de compra feito ao lojista automaticamente cai no sistema do fornecedor, passando o controle do estoque para a empresa terceirizada. E, além de estoque, a empresa distribuidora também é responsável pela entrega do produto ao cliente final.

Cross Docking:

Funciona exatamente como o Dropshipping, mas a empresa distribuidora faz a entrega do produto ao lojista, que fica responsável pela entrega ao cliente.

✅ Pontos positivos: sem custo com espaço e automação de estoque.

❌ Pontos negativos: estoque centralizado no fornecedor e aumento de controles fiscais.

O principal, neste caso, é adquirir plataforma de e-commerce que esteja integrada ao sistema de controle de estoque. Isso permite que o controle da loja virtual esteja alinhado e unificado à gestão do estoque, administrando ambos por apenas um canal.

Estes são alguns modelos trabalhados ao e-commerce. Definir qual o melhor para o seu negócio irá depender do porte da sua empresa, do que você oferece e do seu investimento.

No entanto, de qualquer maneira, a escolha pede planejamento e análise, para que você não comprometa verba ou tempo em soluções que sejam ineficientes ao seu negócio.

 

Quais são as boas práticas para a gestão de estoque

 

Independentemente do tipo de estoque, é preciso fazer uma gestão adequada para que a operação não apenas venda bem, mas tenha um estoque saudável, o que representa vantagem competitiva para qualquer negócio.

Abaixo, listamos as técnicas essenciais para realizar esse processo de forma eficiente. Confira!

  1. Registre as entradas e saídas em um sistema informatizado

Registre todos os itens que entram e saem da empresa, sem exceção, e utilize um sistema informatizado para isso.

Hoje, existem soluções especializadas na gestão de estoque, que conseguem organizar todos os detalhes de cada produto da melhor forma possível, facilitando essa gestão e minimizando falhas.

  1. Trabalhe com um estoque reduzido

Um estoque pequeno é mais fácil de ser organizado. Na chamada manufatura enxuta, metodologia que nasceu a partir do Toyotismo, isso é feito com base no sistema puxado — ou pull.

Nesse caso, em vez de os produtos de uma empresa serem “empurrados” pelos processos até chegarem na ponta final, a lógica é a de uma demanda que “puxa” a linha de produção.

Com essa visão, um setor produtivo só vai requisitar a compra de uma matéria-prima se isso fizer sentido, de acordo com a demanda do produto final.

  1. Padronize as descrições de itens no sistema

Tenha um padrão bem claro de cada item no sistema e evite confusões sobre o que está e o que não está em estoque. Para isso, utilize um formato de ficha de controle de produtos que seja esclarecedor, completo, objetivo e eficaz.

O objetivo principal de uma ficha de controle de um produto é saber o que ele é exatamente, sem precisar ir fisicamente ao estoque para fazer a identificação.

  1. Automatize parte do controle de estoque

Para aumentar a velocidade dos processos nesse setor e ter mais precisão neles, empregue um sistema automatizado que consiga assumir parte das responsabilidades dos colaboradores.

A automatização traz muitas vantagens quando aplicada na gestão de estoques: softwares não se cansam e nem cometem erros por distração.

Além disso, são bem mais rápidos e podem liberar a equipe para a realização de outras tarefas.

  1. Estabeleça inspeções periódicas do estoque

Em um momento de distração, um produto pode entrar sem ser devidamente cadastrado e esquecido no estoque. Da mesma forma, uma matéria-prima perecível pode ter sido acomodada de forma incorreta e ter vencido antes do prazo.

Para detectar todas essas falhas antes que elas se tornem problemas reais na operação, é recomendável estabelecer uma rotina de inspeções periódicas do estoque.

Elas podem ser semestrais, mensais ou até diárias, dependendo do tipo de produto armazenado e dos riscos envolvidos.

  1. Tenha um programa de diminuição de perdas

As perdas de produtos no estoque são situações comuns, mas que podem e devem ser combatidas.

Isso pode ser feito com a criação de um programa de diminuição de perdas. Para tal, é preciso realizar algumas medidas, como: usar um sistema de gestão integrada, acompanhar o volume de compras, receber as mercadorias com cuidado, estar atento à data de validade, entre outras.

  1. Valorize a segurança na hora de fechar contratos

Ter segurança na hora de fechar contratos é essencial e favorece o controle de estoque.

Portanto, é necessário que haja uma troca de informações rápidas entre o setor comercial e os responsáveis pelo controle de estoque.

Um software de gestão integrada é um ótimo recurso para facilitar essa ação.

Imagine o quão ruim seria para a sua empresa ter que cancelar pedidos porque determinados produtos vendidos não constam mais no estoque.

  1. Utilize boas práticas de separação

Ter boas práticas de separação facilita muito o controle de estoque. Padronizar os itens, criar um espaço inteligente, separar por similaridade, focar a integridade, considerar as características, são alguns exemplos que você pode utilizar e que irão contribuir para uma melhor organização.

  1. Previna roubos e desvios

Prevenir roubos e desvios é uma medida crucial não só para o controle de estoque, mas também para evitar perdas financeiras.

Inspecionar as cargas quando chegam e ter câmeras no estoque são ações que ajudam bastante nesse sentido.

Um bom sistema de gestão de estoque facilita o controle e, assim, minimiza as chances de acontecerem roubos e desvios.

  1. Reabasteça de forma inteligente

Reabastecer o estoque de forma inteligente traz muitos benefícios. Os principais são uma gestão mais adequada dos custos e evitar compras erradas.

Produtos sazonais devem ser adquiridos de forma inteligente e reabastecidos com base na demanda existente. Por outro lado, é ruim ter falta de produtos e, com isso, perder vendas. Logo, dar prioridade à compra dos produtos mais populares é uma boa forma de evitar que isso aconteça.

Como vimos neste artigo, as lojas hoje têm diversas opções para organizar seu estoque e a escolha do melhor modelo é estratégica para o crescimento da operação, assim como as técnicas que devem ser adotadas no dia a dia.

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