O segmento de e-commerce vive hoje um momento importante, não apenas em razão da expansão do faturamento, mas principalmente em decorrência da evolução verificada nos últimos anos em todas as frentes.
Num ambiente cada vez mais competitivo, as empresas devem garantir que, ao entrar em contato com a sua marca, o público tenha sempre a melhor experiência.
Resulta daí a relevância das estratégias e técnicas de SEO. Posicionar-se bem nos motores de busca não tem relação apenas com a performance do e-commerce em termos de ranqueamento, envolve também a forma como a marca é percebida pela sua audiência.
E, ainda que as otimizações de SEO sejam extremamente relevantes para atrair novos consumidores, é importante lembrar que elas podem ajudar a direcionar a movimentação do cliente dentro da própria loja, ampliando as taxas de conversão do negócio.
Afinal, se a página tem um tempo de carregamento muito alto ou mesmo apresenta quebras de links, isso não prejudicará apenas o ranqueamento no serviço de busca.
O foco deve ser a experiência do cliente e, neste caso, não faz muito sentido deixar de analisar todos os elementos que facilitam a navegação e qual é o comportamento do usuário neste ambiente, até para aprimorar as estratégias empregadas.
SEO para e-commerce: por que ele é tão importante?
O primeiro aspecto a ser considerado é que estratégias adequadas de SEO são as responsáveis por garantir uma melhor posição para a marca nos serviços de busca, seja no ranking tradicional de pesquisa ou na IA Overview, visão geral criada por IA.
É importante considerar também que, em tese, estamos falando de um público bastante qualificado. O raciocínio é simples: quem resolve fazer uma busca é porque tem interesse naquele produto ou serviço.
A conversão propriamente dita dependerá, claro, de outros fatores, como ter uma oferta aderente à necessidade da pessoa, mas o fato de o usuário ter encontrado a empresa já é um bom começo.
A visibilidade orgânica, portanto, é uma estratégia importante, independentemente do porte ou ramo de atuação da empresa, uma vez que influencia na própria reputação da operação.
Atualmente, de acordo com a pesquisa realizada pela Conversion, a principal forma de entrada do público é o chamado “tráfego direto”. Ou seja, quando o consumidor digita o endereço da loja diretamente no navegador.
Em seguida, vem o tráfego de busca orgânica (27,8%) e busca paga (17,7%).
E, ainda que os números não sejam tão altos como no passado, as buscas são o mais importante canal para o e-commerce, porque elas revelam a intenção do consumidor e canalizam a demanda para as lojas virtuais.
Fique atento: nas próprias lojas virtuais, o buscador é fundamental, por isso os investimentos feitos pelas plataformas de e-commerce para aprimorar continuamente seus sistemas.
O JET Search é um bom exemplo, na medida em que possibilita personalizar a exibição de produtos e as buscas realizadas no site, aprimorando a experiência de compra do cliente.
Palavra-chave: comece com um bom planejamento!
Antes de detalharmos as questões prioritárias que devem ser consideradas nas otimizações para o e-commerce, vale enfatizar: o primeiro passo é realizar uma boa pesquisa sobre palavra-chave, porque é a partir deste planejamento que a estratégia será orientada para alcançar os objetivos.
Os termos mais importantes para a visibilidade da empresa serão trabalhados em suas ações de marketing e de divulgação, além de integrarem também a própria estruturação da página.
SEO técnico: o que isso significa para o e-commerce?
No desenvolvimento das iniciativas nessa área, é fundamental investir no chamado “SEO técnico”, que envolve toda a parte de estruturação das páginas.
A preocupação com o assunto, vale lembrar, deve começar ainda no processo de escolha da plataforma de e-commerce. Ter um sistema SEO friendly vai garantir que a organização das informações já obedeça, minimamente, os requisitos necessários para a indexação das páginas.
Em termos mais gerais, para os e-commerces, as melhorias do SEO On-Page incluem:
URLs amigáveis:
A recomendação é utilizar palavras claras, evitar códigos e caracteres especiais e não ignorar o do protocolo SSL.
Título e meta descrição:
O usuário deve ser conquistado com um título e descrição atraentes, observando-se também a necessidade de trabalharmos com informações bem completas – isso vai ajudar o Googlebot a entender melhor o site.
Heading tags:
Ainda refletindo sobre os aspectos considerados pelos robôs do Google, é fundamental cuidar da hierarquização do conteúdo, evidenciando os marcadores H1, H2, H3 e demais.
Imagens:
Tempo de carregamento das páginas é um dos fatores que exigem atenção, até em razão do acesso à internet hoje acontecer, prioritariamente via aparelhos celulares. Por isso, a recomendação é manter os tamanhos sempre abaixo de 100kb e incluir a alt tag descritiva.
De acordo com estudos do próprio Google, quando o carregamento de uma página sobe de 1 para 3 segundos, a taxa de rejeição mobile pode crescer até 32%!
Dados estruturados:
Inclua dados estruturados na sua página e forneça uma melhor experiência para os usuários e para o Googlebot.
UX – Experiência do usuário: como ela deve ser valorizada
Para finalizar essas questões mais técnicas do SEO, vale enfatizar a importância do UX. De acordo com as diretrizes de qualidade do Google, uma experiência de usuário é considerada boa quando:
- o site é mobile-friendly, ou seja, se adapta às diferentes telas, como smartphones;
- o tempo de carregamento de uma página está abaixo de 2,5 segundos;
- a página não possui pop-ups que “saltam” aos olhos do usuário;
- não há anúncios intrusivos ou que atrapalhem a leitura e visualização do conteúdo principal;
- O site possua HTTPS, ou seja: navegação segura;
Além dessas questões consideradas básicas, importante atentar para a consolidação, em 2025, de conceitos como E-E-A-T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness).
Outro aspecto importante é Helpful Content Update, atualização focada exclusivamente na utilidade real do conteúdo. Em linhas gerais, isso significa que o Google passou a avaliar se o conteúdo foi criado para pessoas ou apenas para algoritmos.
O monitoramento constante nessa área é fundamental, quando o Google apresenta 4-6 atualizações principais por ano.
O que não pode faltar em relação ao conteúdo?
No caso do e-commerce, além dessa parte mais técnica, os gestores devem redobrar ainda a atenção com toda a parte de conteúdo.
Neste caso, a otimização deve priorizar alguns pontos, como:
Descrição dos produtos
Tecnicamente, elas devem incluir as principais palavras-chave do negócio e, em termos de estratégia, é essencial ter em mente que esse conteúdo ajudará o usuário a solucionar suas dúvidas sobre o que deseja comprar.
A recomendação é fornecer o máximo de informações, de forma que a pessoa se sinta mais segura ao avaliar as opções disponíveis.
Seguindo esse mesmo raciocínio, deve-se cuidar também dos chamados textos de apoio, que são aqueles presentes na lateral, topo ou rodapé da página de um produto ou categoria.
Hoje, com as aplicações de IA, as empresas têm condições de aprimorar o trabalho nessa área. Portanto, o mais importante é essa orientação estratégica para cuidar adequadamente desses detalhes.
Avaliações
Com a importância conquistada pelo social commerce, é bem provável que o cliente busque referências de terceiros para validar sua compra.
Assim, as lojas devem estimular seus compradores a fazerem avaliações no seu e-commerce e precisam incorporar esses reviews ao seu conteúdo, exibindo-os em suas páginas.
Marketing de Conteúdo
O investimento em marketing de conteúdo é outro importante aliado para quem deseja ampliar a performance da loja.
No desenvolvimento das estratégias nessa área, vale lembrar a importância dos conteúdos multimídia, uma vez que os vídeos, por exemplo, têm hoje a preferência do público e, por isso, tendem a alcançar índices mais altos de engajamento.
Quais as vantagens do SEO para e-commerce?
Como vimos, a aplicação das técnicas e estratégias de SEO envolvem um olhar mais atento para diversos fatores.
Mas o investimento tende a ser recompensado, com o aumento da lucratividade da loja virtual. Essa é uma vantagem relevante, principalmente se considerarmos que as outras opções para a geração de tráfego têm custos elevados.
Outro aspecto importante: observar que com o comportamento omnichannel do cliente, mesmo que a venda não aconteça no digital, as interações nesse ambiente influenciam na decisão de compra.
Nunca é demais lembrar que marcas de sucesso hoje são aquelas que conseguem aprimorar o relacionamento mantido com o seu público, o que depende da adoção de boas iniciativas em todas as frentes do negócio.
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