Na semana da mulher, o instituto IBOPE Mídia divulgou que a participação do público feminino no e-commerce superou em 8% os resultados do ano passado, quando 10% das mulheres optavam pela internet na hora de fecharem uma compra.
De acordo com a pesquisa, os homens usam mais o comércio eletrônico (24%). Porém, um levantamento da e-Bit, realizado no primeiro semestre de 2010, dividia a participação em 50% para cada universo.
As mulheres não são tão impulsivas quanto se imagina, por isso mesmo levam mais tempo frente ao computador na procura de um produto que ofereça o melhor custo-benefício. Elas também buscam no mundo digital produtos exclusivos, que atendam às suas necessidades. De olho nessa fatia de mercado, a e-closet, referência no segmento de moda, com coleções exclusivas e peças assinadas pelos maiores designers, inaugurou em 2010 sua loja virtual, utilizando a plataforma de e-commerce da JET, desenvolvida sob medida. Desde então, o crescimento não para e já está em 300%, de acordo com a proprietária da loja, Giovanna Lemes Motta. A aposta do site está em artigos femininos, como roupas e acessórios.
Portais de compra coletiva também caíram no gosto feminino, que hoje corresponde a 60% dos cadastrados no Brasil – o tíquete médio para compras nesses sites varia de R$ 30 a R$ 40. O levantamento faz parte de um estudo divulgado pela Mystery Shopping Providers Association Europe, que inclusive traçou um novo perfil de compradoras na França: mulheres com menos de 45 anos, com filhos, se identificam com a conveniência de lojas que funcionam durante as 24 horas do dia, entre outros motivos. O resultado espelha uma tendência universal.
Os tablets também funcionam como propulsores para os varejistas de e-commerce. Uma pesquisa da Forrester aponta que 50% de todo o tráfego móvel provêm do dispositivo da Apple, que, por enquanto, reina praticamente soberano. E no futuro, o número será ainda mais expressivo, já que dados da Forrester apontam que até 2012, 80 milhões de pessoas usarão os tablets. Uma quantidade expressiva, mas o crescimento não deve parar por aí. Após dois anos, a expectativa é de que o aparelho esteja nas mãos de aproximadamente 200 milhões de pessoas.
Em 2001, quando o e-commerce gerava uma receita de cerca de R$ 550 milhões (a projeção estimada é que o setor tenha fechado 2010 com movimentação de R$ 13 bilhões), as mulheres representavam 39% do comércio eletrônico. Depois de quatro anos, o número subiu para 42% e agora está em 50%. A adesão às redes sociais é um dos fatores que impulsionam as mulheres a realizarem compras on-line.
Preferências – Ainda segundo o estudo promovido pelo IBOPE, 69% das mulheres compraram nos últimos 30 dias em lojas físicas ou virtuais, com um gasto médio de R$ 190,83. A preferência delas ainda é por roupas, item presente na sacola de compras de 79% das consumidoras. Logo em seguida, estão os calçados, com 61% e as roupas masculinas, num total de 49%. Outros 40% ficaram para as roupas infantis.