A IBISWorld divulgou sua pesquisa sobre o mercado de e-commerce. Segundo o estudo, “A tecnologia está transformando o jeito como os consumidores se relacionam com o varejo em todas as suas formas, o que traz novas oportunidades e desafios para todos os operadores, sejam eles grandes ou pequenos, de todos os segmentos”.
O varejo online cresceu muito nos últimos cinco anos. A IBISWorld estimou que o setor cresceu à taxa média de 8,9% nos últimos cinco anos, faturando US$ 314,9 bilhões em 2015.
Mas nem todos os varejistas foram igualmente afetados pelo crescimento. Algumas categorias são claramente mais aptas para venda online. Por quê comprar por eletroeletrônicos nas lojas quando você encontra na internet os mesmos produtos com descontos e pode decidir no conforto da sua própria casa?
Temos muitos exemplos de indústrias que literalmente foram viradas do avesso pela competição com o e-commerce. A falência da Radio Shack é só um exemplo. A proposta de fusão da Staples e da Office Depot’s é outro. Entretanto, alguns produtos são muito mais difíceis de vender na web. Embora no início todos tenham apostado nos supermercados online, eles ainda não decolaram de verdade nas vendas.
Sabem quais os produtos estão na liderança das vendas? Segundo a empresa de pesquisa, a categoria que mais cresceu foi… vestuário masculino. Veja o gráfico abaixo, do período 2010/2015 e prepare-se para o susto.
As taxas de crescimento das vendas online – que são muito maiores que as das lojas físicas – são esperadas por conta de um canal que aumenta a partir de uma base muito pequena, afinal o e-commerce só existe há pouco mais de 15 anos, mas a diferença entre as taxas de crescimento em cada categoria indica que há mais potencial de crescimento ainda.
As vendas online de alimentos cresceram a taxas anuais de 16,7% durante os últimos 5 anos, para US$ 12,7 bilhões. Entretanto, estas vendas somem quando comparadas com as feitas em lojas físicas, que ainda são o canal preferido da maioria dos consumidores norte-americanos. De outro lado, câmeras e filmadoras estão crescendo a taxas muito menores, de 0, 88%, durante os últimos anos, mas a quase totalidade dos equipamentos são vendidos online. Da mesma forma, roupas masculinas estão crescendo mais no e-commerce do que em lojas físicas. Segundo a empresa, a razão é que a venda online depende muito do produto em questão – o e-commerce não funciona igualmente em todos os segmentos.
A previsão para os próximos cinco anos é que as indústrias que continuarão a ser importantes online são as que darão conta de sustentar o crescimento alto. Abaixo, você verá a projeção feita pela IBISWorld das taxas de crescimento para os próximos anos. Conforme a maturidade do mercado aumenta, a taxa de crescimento tende a baixar. Mesmo assim, a previsão é que as vendas online continuem a superar (e muito) as vendas físicas.