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Clientes, Experiência e Atendimento

Segmento masculino apresenta excelentes oportunidades para o e-commerce

Quem pretende investir numa loja virtual especializada no segmento masculino deve ficar atento às mudanças que têm ocorrido em termos de comportamento.

Nos últimos anos, por exemplo, eles elevaram o consumo de itens das categorias de cosméticos e perfumarias, uma vez que estão mais preocupados com o autocuidado.

Olhar com mais atenção para o segmento masculino é uma das estratégias para ter sucesso num e-commerce de nicho.

Neste artigo, reunimos informações importantes sobre o assunto, indicando quais são os melhores caminhos para atrair e fidelizar o público masculino. Confira!

Segmento masculino gasta mais que o feminino no e-commerce

Quando se analisam os dados do e-commerce, constata-se que há um equilíbrio em termos de potencial de vendas.

Nos últimos anos, as mulheres aumentaram a presença no número de pedidos de e-commerce no Brasil, contudo, os homens ainda lideram no quesito gastos.

De acordo com dados do Webshoppers, da Ebit-Nielsen, o segmento feminino representa 56,9% do público consumidor das plataformas digitais (em 2021,  esse percentual era de 56,4%).

No entanto, uma análise mais cuidadosa dos dados indica que elas compram mais itens, mas gastam menos.

Ainda segundo o relatório, no quesito maior volume de gastos, os homens continuam em destaque – a participação deles foi de 54,3% em 2022, contra 53,9% de 2021.

Quais são os setores mais promissores para os homens?

Vários estudos nessa área têm mapeado a movimentação das compras dos homens no segmento de cosméticos e produtos de beleza.

Sabe-se que elas estão em ascensão, até em razão da mudança de comportamento. Não é novidade que eles estão mais vaidosos e preocupados com a imagem e que o autocuidado não é mais uma preocupação apenas das mulheres.

Dados da Euromonitor Internacional mostram que, no mercado brasileiro, houve recuperação nas vendas do setor de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos em 2022. Houve uma alta de 16,5%, totalizando US$ 26,9 bilhões. E a previsão é de crescimento nos próximos cinco anos, com alta de 43% até 2027, atingindo US$ 38 bilhões.

O mercado brasileiro manteve em 2022 a quarta posição no ranking global de consumo de HPPC. Os maiores consumidores estão nos Estados Unidos, que movimentaram US$ US$ 110,7 bilhões no ano passado. Em seguida, vem a China, com US$ 78 bilhões. O Japão ficou em terceiro lugar, com receita de US$ 29,7 bilhões.

O volume do país representa uma média de 5% do mercado total de vendas do setor de HPPC, mas indica potencial de expansão nos próximos anos.

Entre as categorias que têm se destacado, figuram justamente os produtos masculinos.

Um dos fenômenos nessa área são as barbearias. Numa pesquisa da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), 54% dos entrevistados afirmaram que frequentam salões e barbearias de forma frequente, sendo que 43% se classificaram como “super vaidosos”.

E o e-commerce oferece enorme potencial para essa área, não apenas pela venda de produtos nichados, mas pela possibilidade de outros modelos de vendas, como as vendas por assinatura.

Produtos de cuidados com a barba são os cosméticos mais citados na categoria de uso constante por consumidores masculinos, portanto, ideais para as vendas recorrentes.

Nesta mesma linha, destacam-se ainda as vendas de perfumes, cremes e  loções para a pele.

Como têm confirmado os estudos, o fato de os homens apostarem cada vez mais em skincare, amplia as oportunidades para o varejo.

Importante lembrar que essas mudanças no comportamento do segmento masculino estão relacionadas, por exemplo, ao aumento da expectativa e da qualidade de vida.

Assim como as mulheres com a menopausa, o público masculino tem interesse  em combater os efeitos causados pela andropausa e pelo envelhecimento.

O mercado chinês vive hoje um boom neste setor e mostra o potencial dessa área.

Depois de atrair o público da GenZ, as grandes marcas do setor estão começando a direcionar seus esforços para os homens na faixa dos 40 anos.

As empresas perceberam que os hábitos adotados durante a pandemia, quando tiveram mais atenção com os cuidados no dia a dia, têm se mantido. A relação entre autocuidado, autoestima e beleza ganhou força e oferece oportunidades para serem trabalhadas pelas empresas.

Como encantar o público masculino?

No planejamento das estratégias para o público masculino, é importante atentar para o comportamento omnichannel.

Prevalece, neste caso, a importância de privilegiar a conveniência do cliente. Ele vai escolher como e onde interagir e realizar suas compras, de acordo com suas necessidades naquele momento.

Outro aspecto relevante são os investimentos nas redes sociais. Ainda que a temática da beleza feminina predomine, beleza masculina tem conquistado maior expressão no Instagram e no TikTok, por exemplo.

Neste contexto, como indica um estudo da BuzzMonitor, no Instagram, as diversas publicações envolveram temas como harmonização facial, exercícios físicos, cuidados com a pele e ensaios fotográficos. 

No Facebook, com foco em beleza masculina, destacam-se publicações em torno de ensaios fotográficos, desmistificação do cuidado com a beleza para o homem e cuidado com a barba e cabelo.

No TikTok, as principais publicações voltaram-se à moda, maquiagem masculina, harmonização facial e enaltecimento de corpo malhado.

Pesquisa realizada pelo grupo Croma revelou que os principais produtos em consumo e intenção de consumo entre os homens são: perfumes (65%); shampoos e condicionadores (63%); cuidados com a barba (40%) e cremes e loções para o corpo (30%).

Quando se analisam as tendências para essa área, é importante enfatizar a relevância das formulações e experiências mais personalizadas, pessoais, autênticas e imersivas. 

E, assim como acontece em outros segmentos de público, as marcas devem direcionar seus esforços para aprimorar as experiências no digital.

Experimentação virtual (ou virtual try on), por exemplo, cresce nos segmentos de beleza, moda e joalheria, áreas nas quais o consumo masculino se destaca.

Na organização das lojas, vale considerar que, diferentemente de um comportamento típico do público feminino, o público masculino tende a ir “direto ao ponto”. 

Ou seja, e-commerce de nicho podem ser mais atrativos para esse target. Outro aspecto a ser considerado é a fidelização. Como são mais avessos às experimentações, os homens tendem a ser mais fiéis às marcas nas quais confiam.

Dados da Euromonitor International ainda confirmam que o público masculino é mais disposto a pagar mais caro por um produto. A maioria prioriza a qualidade e a praticidade do produto em detrimento do preço, na hora de decidir a compra.

É isso que justifica, como citamos no início do texto, o fato de o ticket médio de uma compra masculina ser, em média, maior do que a feminina.

Gostou do artigo? Veja também o conteúdo que produzimos sobre O futuro do varejo: onde estão as oportunidades para vender mais?

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