A proximidade do Natal abre a temporada de alerta no comércio eletrônico. O volume de vendas, que só em 2010 somou R$ 2,2 bilhões, atrai a atenção de crackers e fraudadores, o que coloca em risco lojistas, consumidores e a credibilidade do comércio eletrônico. Para manter o bom funcionamento do setor, é preciso cuidar para uma gestão de qualidade e mais ainda para a segurança dos dados da loja.
Nesse momento, também é fundamental o uso de uma plataforma de e-commerce robusta, com infraestrutura para suportar as tentativas de ataque a base de dados, como as injeções SQL (códigos maliciosos). Fora esse cuidado, a loja virtual deve manter atualizado o certificado de Secure Socket Layer (SSL). De acordo com Marcelo F. Silva, gerente de marketing da JET Tecnologia, o consumidor se sente mais seguro em comprar em uma loja que exibe o selo de certificação de segurança. “Ter uma loja hermética a ataques hackers é tão importante para o cliente quanto para o lojista”, complementa.
Eficiência logística
Mesmo após dez anos de consolidação do mercado, o e-commerce continua com ares de novidade para muitos brasileiros, que se entregam aos poucos aos benefícios de comprar sem filas em períodos sazonais ou não – o ano de 2011 deve terminar com 32 milhões de e-consumidores. Mas ao passo que o comprador opta por comprar à distância fica o receio de ser atendido dentro do prazo para a troca tradicional de presentes natalinos.
É aí que entra o papel da gestão qualificada, que precisa desde já se preparar para a alta demanda de pedidos que começa ainda neste mês. As lojas com o selo e-bit têm uma vantagem em relação às demais aos olhos dos consumidores, primeiro por trazer a carga da opinião de outros consumidores, segundo porque a empresa criou recentemente o serviço chamado de e-bit Ajuda. A função desse produto é intermediar a relação do cliente com a loja para solucionar problemas, como o atraso na entrega.
Segundo Silva, a chegada do Natal também cria um outro problema, que é a criação de páginas similares a de lojas virtuais consagradas. “Os fraudadores criam uma página com o layout idêntico ao de lojas confiáveis, o que leva o consumidor a fornecer dados sigilosos, como os do cartão de crédito, sem saber que na verdade está sendo enganado. Por isso, é sempre importante confirmar o domínio da loja e a existência do certificado SSL.”
Manter o rigor na aprovação dos pedidos é outro ponto importante, pois existe ainda o risco de chargeback, quando uma compra é efetuada com os dados de um cliente, sem que ele saiba. “Ao alegar a inexistência da compra, as administradoras dos cartões estornam o valor do pedido e o lojista fica obrigado a pagar pela perda financeira”, explica o gerente, que ressalta que para empresas menores, talvez a melhor opção seja contratar os gateways de pagamento. “Da mesma forma, existem empresas especializadas em checar a integridade dos pedidos recebidos”, finaliza.