Quem atua na área de vendas precisa estar atento à movimentação do mercado. Você sabe quais desafios e oportunidades o mercado brasileiro devem enfrentar no próximo ano? Quais são as principais tendências para o e-commerce em 2020?
É primordial estar atento, afinal, mais do que atender o cliente, é importante conseguir se antecipar às suas demandas, certo? Porém, só consegue fazer isso quem compreende as mudanças que estão acontecendo no comportamento do consumidor.
A tecnologia tem um papel preponderante hoje na vida dos clientes, mas não se trata apenas de aderir a esta ou aquela solução, é preciso saber o que fazer para melhorar a experiência do usuário.
Para este artigo, separamos algumas questões que devem ser analisadas pelas empresas que atuam com vendas pela internet ou pretendem estabelecer-se nessa área. Confira!
Como preparar seu e-commerce para vender mais em 2020?
Considerando as importantes mudanças que têm ocorrido no setor de e-commerce, há 5 pontos que você deve considerar como prioritários para preparar seu e-commerce para vender mais em 2020:
— As lojas físicas estão se transformando de ponto de venda para ponto de experiência. Isso aumenta o peso da estratégia digital.
— A jornada já é omnichannel. Fique atento, porque é muito difícil um consumidor comprar algo sem passar pelo digital em algum momento da jornada.
— A conexão deixou de ser uma barreira para o comércio eletrônico. As redes sociais ganham relevância na referência de produtos e influência na decisão de compra.
— Transformação digital é agenda obrigatória.
— O conceito do usuário é cada vez mais: buy what you want, where and how you want. (comprar o que quiser, onde e como quiser). É necessário estar em todos os canais.
Por que investir no comércio eletrônico?
Para o segmento de e-commerce, quando se analisa o cenário para 2020, há uma certeza: o potencial de crescimento da atividade é enorme.
Os números do setor estão em ascensão nos últimos anos e a expectativa é de que a evolução continue. Primeiro, em razão do comportamento do público. As pessoas estão cada vez mais conectadas e isso influência as relações de consumo.
Outro ponto importante é a própria necessidade de adequação das empresas aos impactos da transformação digital.
O emprego da tecnologia não é mais opcional. A automatização dos processos de gestão é irreversível, até porque isso torna as operações mais eficientes.
Nesse contexto, não faz sentido que as empresas ignorem o potencial de negócios no ambiente online, daí a relevância conquistada pelo comércio eletrônico.
Se ainda tem dúvidas, veja esses números:
— em sua última edição, o Webshoppers, da e-bit/Nielsen, prevê um crescimento de 12% para o e-commerce em 2019 e a expectativa é que resultado do setor seja ainda melhor em 2020.
Quando se analisam os dados referentes ao mercado de consumo, o cenário é igualmente positivo:
— a TIC Domicílios 2018, com dados oficiais sobre o acesso à internet no país, indica que temos hoje 126 milhões de usuários de internet no país. Estamos falando, portanto, que mais de 70% da população está conectada à web.
— Para se ter ideia da evolução, em 2008 esse índice estava em 34%. Em termos mundiais, o percentual fica na faixa dos 48%. Ou seja, nesse quesito estamos acima da média.
— Questionados da TIC Domicílios sobre a relação com o varejo online, os entrevistados mostraram receptivos:
- 60% declararam que fizeram pesquisas de preços de produtos e serviços;
- 30% disseram ter comprado ou encomendado algum item nos últimos 12 meses;
- 19% afirmaram que divulgaram ou venderam algum produto pela internet nesse período.
Quais as tendências do e-commerce para 2020?
A análise das tendências do setor pode envolver vários aspectos. Pensando do ponto de vista de quem tem (ou pretende investir) em um negócio nessa área, é imprescindível acompanhar:
Mobile
O mobile commerce não é mais tendência e sim uma realidade. Portanto, nem pensar em ignorar a necessidade de ter um sistema de vendas que seja adequado para os dispositivos móveis.
Para começar, lembre-se de que a “virada” já aconteceu. Segundo os dados da ABCom, em 2018 as compras por smartphones e tablets ultrapassaram os números do desktop: 53,8% contra 46,2%.
Quantidade, contudo, nem sempre significa qualidade. A taxa de conversão de sites móveis ainda é metade da taxa de uma página de computador.
Para os gestores, existe então uma oportunidade: quem tiver operações mobile mais eficientes tem mais chances de conquistar mercado.
Portanto, não se trata apenas de aumentar suas vendas, e sim de oferecer experiências mais atrativas para os clientes, o que pode representar uma importante vantagem competitiva para o negócio.
Tomando como base o estudo da e-Bit/Nielsen, as vendas vias dispositivos móveis tiveram crescimento superior ao registrado no website.
As altas foram mais expressivas nas seguintes categorias:
Perfumaria, Cosméticos e Saúde cresceram 112%;
Moda e Acessórios, 59%;
Esporte e lazer, 40%;
Casa e Decoração, 38%.
Para 2020, não deve haver grandes mudanças nessa área. Sabemos que o mercado brasileiro tem grandes players, mas existe espaço para os empreendedores em diferentes setores.
As pesquisas têm mostrado que o brasileiro está disposto a comprar praticamente tudo pela internet, sem restrições, desde que as lojas consigam atender suas exigências.
Vamos tratar sobre isso com mais atenção nos próximos tópicos.
Personalização
A questão da personalização também não é nova para o e-commerce, porém, deve se acentuar nos próximos anos.
Existe até uma relação com o mobile: com o acesso na palma da mão, é natural que o cliente exija um tratamento mais customizado, direcionado para suas necessidades específicas.
Fique atento, porque não se trata apenas de se comunicar com o cliente de forma mais direta e pessoal. A customização deve estar presente em todas as etapas, inclusive na oferta de produtos e serviços que possam ser adequados às necessidades de cada pessoa.
Um bom exemplo pode ser encontrado na logística das lojas. A satisfação do consumidor aumenta quando ele tem a opções, por exemplo, de comprar na internet e retirar na loja.
São medidas simples, mas que respondem à necessidade de ter soluções sob medida. Se numa determinada compra a pessoa tem urgência, é importante ter como atendê-la fora da entrega padrão.
Seguindo o exemplo de grandes redes, como a Amazon, vale a pena estudar modalidades como as entregas no dia seguinte. Exigem mais agilidade, porém, funcionam para criar diferenciais competitivos para as marcas.
O mesmo raciocínio vale para as formas de pagamento. A conveniência do cliente precisa ser priorizada.
Mais agilidade
Acostumado com a instantaneidade da internet, o público torna-se cada dia mais impaciente. Portanto, estude formas de agilizar os processos, em todas as áreas.
No caso do atendimento, uma boa forma de se fazer isso é por meio do uso de chatbots. Eles ajudam nas respostas imediatas, a resolver rapidamente questões mais simples.
Contudo, as lojas devem pensar em imprimir mais velocidade em outras frentes, como a navegação pela loja.
Nesse sentido, aumenta a importância de soluções como o checkout inteligente, que ajudam o cliente a economizar tempo no fechamento da venda.
Na mesma linha, o novo ambiente exige tecnologias mais eficientes que reduzam, por exemplo, o tempo de carregamento das páginas. Ter sites mais leves é uma das tendências para 2020.
Definir como cada canal influencia nos negócios pode ajudar na definição das estratégias. Ao fazer isso, o e-commerce não sobrepõe as propostas de valor da operação e atua com foco no comportamento omnichannel dos clientes.
Integração é um conceito-chave para o e-commerce do futuro. O cliente não diferencia os ambientes on e offline. Precisa de uma marca que entenda suas necessidades, independentemente do canal escolhido para o contato.
Este é um ponto importante para quem deseja entender melhor as tendências do e-commerce em 2020. As operações precisam estar preparadas para valorizar a experiência do usuário e para atuar com foco no cliente.
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Artigo originalmente publicado no Blog Ecommerce Brasil.