Como foi o comportamento do mercado no 1.º Semestre de 2019?
O setor de e-commerce cresceu 12% no primeiro semestre de 2019, comparando com o mesmo período de 2018.
É um bom resultado, principalmente se considerarmos que a evolução nos números do setor tem ocorrido de forma constante. Esse percentual foi o mesmo registrado em 2018 (em relação a 2017).
Se considerarmos que a economia brasileira ainda tem enfrentado dificuldades, isso coloca o e-commerce como uma das alternativas para quem tem um negócio e precisa escalar suas vendas.
O faturamento do setor alcançou a R$ 26,4 bilhões, o que representou um acrescimento de mais de R$ 3 bilhões em relação ao primeiro semestre de 2018.
No volume de pedidos, os resultados foram surpreendentes: o estudo indica um aumento de 20%, o que resultou num total de 65,2 milhões de pedidos.
Para se ter ideia da evolução, em 2016 o volume não chegava a 50 milhões de pedidos (naquele ano registramos uma queda de 2% em relação a 2015 e fechamos o ano com 48,5 milhões).
Como foi o comportamento dos consumidores?
A análise dos resultados traz outros insights importantes:
— 18,1% dos consumidores fizeram sua estreia nas compras online. Para o setor, é uma boa notícia, uma vez que mostra que, apesar do crescimento, as lojas online ainda estão conquistando novos públicos.
— o total de consumidores também cresceu. As compras foram feitas por quase 30 milhões de pessoas.
— com base nos resultados do 1.º semestre, as projeções para 2019 são positivas: devemos fechar o ano com um aumento de 12% no faturamento e acréscimo de 18% no volume de pedidos.
— o ticket médio, segundo as previsões, deve ficar em R$ 415,00 (isso representa uma queda de 4% no valor, mas é resultado da diversificação. Há mais categorias de produtos fazendo sucesso na internet, incluindo aquelas de bens não duráveis, com valores mais baixos).
— é positivo, também, o fato de o crescimento ser mais acentuado em algumas regiões do país. No Norte, o faturamento aumentou 36%. No Sul do Brasil o resultado também foi bem acima da média: 29%.
— Nas demais regiões, tivemos os seguintes resultados: sudeste (9% de crescimento), nordeste (2%) e Centro-Oeste (4%).
A importância do Mobile commerce continua aumentando?
Resultado direto da mudança de hábito do consumidor, que cada vez mais tem o aparelho celular como seu companheiro inseparável, o mobile commerce é um dos destaques no crescimento das vendas.
O volume de pedidos aumentou 57% e o faturamento, 43%. Com esse resultado, o m-commerce aumentou sua importância no setor. Segundo o estudo, representa hoje 42% dos pedidos e 36% do faturamento.
O que se pode concluir desses números? Que deixou de ser opcional atuar com plataformas responsivas. Lojas que ainda não oferecem um ambiente amigável para os dispositivos móveis tendem a perder dinheiro.
E, como vamos ver no próximo tópico, não basta mais simplesmente ter uma loja que funciona bem no aparelho celular. O social commerce ganha cada dia mais importância. Ou seja, integração é um conceito-chave para o sucesso dos negócios online.
Por que investir em social commerce?
O estudo é categórico nessa questão:
O m-commerce é a realidade de hoje, mas o que vem pela frente é o social commerce.
Essa conclusão está baseada na relevância conquistada pelas redes sociais, com destaque para Facebook e Instagram, que ainda lideram com folga.
Na análise dos principais motivadores de compra, os sites de busca se destacam (registraram 25% das indicações), mas as redes sociais já despontam com 19% das indicações.
E veja que interessante:
80% dos consumidores que compraram por indicações de redes sociais ficaram satisfeitos com o preço e também foram os que mais elogiaram as compras.
Quais setores econômicos têm se destacado no e-commerce?
Em relação às categorias de produtos, vamos aos destaques:
Moda e Acessórios retomam a liderança junto à Perfumaria, Cosméticos e Saúde, como as de maior importância em pedidos no semestre. Ambas registraram 18% de participação. As primeiras posições foram garantidas por crescimentos acentuados no volume de pedidos: 48% para Moda e 40% para Perfumaria.
Entre os setores, chama a atenção o de Pet Shop. A sua participação no volume de pedidos é baixa (2%), mas no primeiro semestre foi registrado um crescimento de 144% no volume de pedidos. Ou seja, trata-se de uma área em franca evolução.
Mostrando a força das vendas de bens não-duráveis, outro setor que se destacou foi o de alimentos e bebidas. Teve um acréscimo de 82% no volume de pedidos, comparando com o primeiro semestre de 2018.
A categoria de Joias e Relógios cresceu 49%; acessórios Automotivos, 44%; móveis para escritório, 44%; e Brinquedos e Games, 33%.
Quais as principais tendências para o e-commerce?
Analisar as estatísticas do setor é importante, mas quem pretende ter uma operação bem-sucedida deve estar atento às tendências, antecipar-se à movimentação do setor.
O estudo indica 4 aspectos centrais em suas considerações finais:
Interface com o consumidor
Cliente mais exigente demanda experiência cada vez mais simples, fácil e rápida. Pensando nas aplicações práticas para as lojas, isso significa investir em soluções que melhorem o fluxo do cliente na hora da compra. Checkout inteligente é um bom exemplo.
Sortimento diferenciado
Com o novo mix de categorias e novos consumidores acessando o canal, os gestores precisam cuidar bem do sortimento de produtos, tomando decisões estratégicas sobre quais itens serão trabalhados nos canais online.
Reputação de ponta a ponta
Desde a intenção de compra até o pós-venda, a experiência do consumidor impacta sua relação com a marca. Com o aumento da importância do e-commerce para os brasileiros, o investimento na imagem da loja torna-se imprescindível.
Num mercado mais competitivo, tem maiores chances de se destacar quem tiver uma operação profissional, que saiba como abordar o cliente em cada uma das etapas da jornada de compra.
Online + offline são complementares
Definir como cada canal pode coexistir, sem sobrepor suas propostas de valor, é fundamental. Tendência até alguns anos atrás, o comportamento omnichannel agora é uma realidade.
Para os gestores, essa mudança impõe a necessidade de tentar cobrir todas as frentes do negócio da melhor forma possível: loja física, site, mobile, aplicativos de mensagens, redes sociais, televendas.
Quem escolhe o canal mais apropriado é o cliente e aos gestores cabe garantir a integração das operações, de forma a reduzir o risco de falhas.
Nesse cenário, uma plataforma de e-commerce com hub nativo, que permita administrar todo o processo de vendas num sistema único, torna-se item de primeira necessidade.
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