Mais de mil pessoas acompanharam, no dia 25 de maio, o webinar de Gustavo Chapchap, diretor da JET, organizado pela E-Commerce Brasil.
O título da palestra não poderia ser mais atrativo para o momento: como transformar colaboradores em revendedores digitais.
Com o fechamento das lojas físicas de uma hora para a outra, em virtude da pandemia da Covid-19, o comércio tem buscado formas de gerar faturamento e, claro, obter saída para os produtos que estão no estoque.
Um dos caminhos adotados tem sido justamente o uso de apps como o WhatsApp. Nesse caso, como Gustavo mostrou em sua apresentação, uma das vantagens é a possibilidade de transformar os colaboradores em revendedores digitais.
Vale lembrar que estamos falando de uma equipe que conhece bem a marca e seus produtos, portanto, faz todo o sentido que eles possam contactar diretamente os consumidores por meio desses canais.
Esse tipo de operação pode ser facilitado com o uso de soluções como o ZapCommerce, desenvolvida pela JET justamente para ajudar as empresas a otimizarem suas vendas via esses canais.
A versão Corporate funciona bem para essas situações, na medida em que conta com uma camada de inteligência, importante para que as empresas consigam administrar melhor seus processos de vendas.
Nesse caso, é possível trabalhar tanto com vendas diretas, como organizar programas de afiliados e/ou organizar grupos de revendedores digitais.
O protagonismo do digital
Logo no início de sua apresentação, Gustavo chamou atenção para a necessidade de as empresas neste momento pensarem não apenas nas estratégias de sobrevivência para esse período. “É importante analisar o que vai acontecer no pós-pandemia, preparar a empresa para esse ambiente”, salientou.
Sob essa perspectiva, ele lembrou que o fortalecimento do digital tende a ser potencializado, até porque esse processo de transformação digital já estava em curso. O que aconteceu, com a pandemia, foi uma aceleração no ritmo de implementação dos projetos.
Nesse contexto, não há dúvida que o digital ganha protagonismo. Isso acontece em virtude, claro, do avanço da tecnologia, mas a base dessa transformação é o comportamento do consumidor.
Gustavo lembrou que neste momento estamos na fase do omnichannel. O consumidor está no centro e escolhe onde vai comprar. Não se trata apenas de oferecer vários canais, mas de fazer a integração entre todas as plataformas.
“A tecnologia é o motor da mudança, mas o consumidor está no comando”, enfatizou Gustavo no webinar, observando que esta é uma mudança irreversível.
Refletindo sobre os impactos dessa transformação no dia a dia das empresas, o principal ponto a ser observado é que as vendas passam a ser determinadas pelo tipo de relacionamento que as marcas conseguem estabelecer com seu cliente.
Nesse sentido, o emprego de ferramentas como o WhatsApp funciona muito bem, uma vez que promovem a aproximação entre o comércio e o público.
Mais público para o e-commerce
Para quem ainda está em dúvida sobre a necessidade de investir no ambiente digital, é importante lembrar que os chamados nativos digitais ganham cada vez mais relevância entre os públicos potenciais das marcas.
A geração Z, formada pelos nascidos pós 1999, representa hoje 24% do mercado brasileiro, o que significa que estamos falando de mais de 50 milhões de pessoas.
Para esse target, as particularidades da compra online já são naturais. Eles optam pelo e-commerce, usam as redes sociais para pedir informações dos produtos e trafegam muito bem entre as diferentes plataformas.
“É preciso ir aonde o consumidor está. Relacionar-se com as pessoas onde elas se sentem mais confortáveis”, argumentou Gustavo, ponderando que é nesse contexto que as vendas no WhatsApp ganham relevância.
Alguns dados confirmam isso: enquanto a abertura de e-mail tem uma taxa de 3% a 4%, nos apps de mensagem ela está em torno de 98%.
Outra informação que precisa ser destacada é a forte presença dessas ferramentas de comunicação na vida do consumidor brasileiro.
O país tem hoje 215 milhões de linhas móveis instaladas (mais do que o total da população, de 200 milhões de pessoas) e o WhatsApp está instalado em 97% dos aparelhos. E 94% declaram usar o app todos os dias.
Mas será que essas pessoas estão interessadas em se relacionar com as empresas nesses canais? Os estudos realizados nessa área mostram que sim.
- 70% confiam nas mensagens que recebem online;
- 76% se relacionam com as marcas via essa ferramenta;
- 60% gostariam de receber promoções;
- 50% gostariam de comprar produtos e serviços.
(Fonte: Pesquisa da Mobile Time/Opinion Box)
O engajamento do vendedor!
A integração dos canais de vendas, nessa perspectiva, torna-se fundamental e deve ser vista também de forma estratégica: é importante para que o vendedor não veja a loja virtual como uma concorrente da operação física.
No relacionamento com o cliente, o vendedor precisa ter autonomia para oferecer as condições mais adequadas para o cliente, independentemente do canal escolhido.
Nesse ambiente integrado, o vendedor deve enxergar o ambiente digital como um aliado. É por meio da plataforma digital que ele vai conseguir reunir mais informações para o cliente e colocar a experiência dele em primeiro lugar.
“O desafio é trazer a conveniência do digital com a proximidade da loja física, empoderar os vendedores (que vai se engajar mais) e aproximar-se dos consumidores”, sintetizou Gustavo.
Assista o webinar!